Violência contra a mulher: quando elas se calam e o silêncio fala

Falar sobre um tema de grande importância é também tentar salvar vidas! Este é um tipo de debate que está muitas vezes presente em nossas rodas de conversas com nossas amigas: A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER é algo que infelizmente está aumentando em nosso país, e dados mostram índices elevados deste crescimento.

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados no final de julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram crescimento de 6,1% dos casos de feminicídio, e 1,2% de homicídios de mulheres em 2022 em relação aos números de 2021.

Quem nunca teve uma amiga que já passou por alguma situação desconfortável, mas que ela julga comum? O grande problema disso tudo, é como ela consegue ver que está nesta situação e como ela começa agir quando se posiciona perante a isso. Muitas mulheres que chegam na arte suave, procuraram por ela porque sofreram alguma violência, sendo na sua grande maioria por seus companheiros e/ou por sentirem que necessitavam procurar por um modo de defesa pessoal.

Muitas mulheres ainda não conhecem as várias formas de violência existentes, foi pensando nisso, que esse texto irá abordar sobre os diferentes tipos.

DIFERENTES FORMAS E DEFINIÇÕES DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

Violência contra mulher é um assunto que precisa ser discutido, uma vez que, poucas pessoas possuem o conhecimento que essa violência não se caracteriza apenas pela violência física, mas também a violência psicológica, violência sexual, violência patrimonial e violência moral. Alguns tipos de violência podem ser detectados visualmente, mas outras não.

A violência física, mais difundida na sociedade, é uma violência visual. Para esse tipo de violência contra a mulher, o agressor utiliza-se de meios de força física, onde a intenção é causar ferimentos na vítima de várias formas diferentes: batendo, chutando, ou até mesmo fazendo uso de armas, facas, entre outros objetos que possam machucar a vítima. Violência contra a mulher é crime.

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A violência psicológica não muito discutida. É de forma não visual. O agressor procura efetuar condutas que trazem tristeza, baixa autoestima, depressão, entre outros. Esse tipo de violência tem mais probabilidades de acontecer em relacionamentos onde o agressor mantém certo domínio sobre a vítima, geralmente impedindo-a de trabalhar, viajar, usar o telefone celular e/ou até mesmo de visitar e falar com parentes e amigos sem que o mesmo esteja presente.

A violência sexual vem se tornando muito disseminada, apesar de muitas mulheres ainda não conseguirem denunciar por medo ou até mesmo por vergonha. Essa violência é visual. O agressor utiliza meios de constranger a mulher a força-la ou não a usar anticoncepcional, se prostituir, não fazer uso da camisinha, mesmo a vítima deixando claro que não deseja uma relação sem preservativo. Alguns até utilizam até mesmo de força física.

A violência patrimonial apesar de visual, poucas pessoas conseguem identificar esse tipo de violência. O agressor subtrai, destrói parcialmente ou totalmente objetos que pertencem à mulher, retém documentos pessoais da mesma, e em alguns casos chegando tomar posse até mesmo de seus recursos econômicos.

E por último, a violência moral é realizada de forma que importe calúnia, difamação e injúria. Neste tipo de violência, o intuito do agressor é ofender, caluniar e até mesmo denegrir a imagem da vítima.

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COMO DENUNCIAR PRÁTICAS DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

Apesar de ser um assunto muito comentado, muitas pessoas ainda não possuem conhecimento de como agir para realizar a denúncia. A vítima poderá recorrer a qualquer delegacia, e registrar um Boletim de Ocorrência, ou até mesmo pela Central de Atendimento à Mulher (discando pelo número 180), sem esquecermos que hoje existem as Delegacias das Mulheres, com atendimentos especializados e as Delegacias Online também para mulheres. Tais denúncias são realizadas de forma gratuita 24 horas por dia, em todo o território Brasileiro.

DENUNCIE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO JIU-JITSU

Dentro da arte suave podemos destacar a CDMJJ (comissão de Direitos das Mulheres no Jiu-jitsu) ONG sem fins lucrativos, liderada pela faixa preta Luciana Neder, que promove a observância e defesa dos direitos das mulheres no jiu-jítsu. Algumas pessoas e academias estão preparadas para melhor receber mulheres dentro do seu espaço, você pode reconhecer isso através do selo que os mesmos possuem.

“RECEBER BEM AS MULHERES E SABER COMO SE PORTAR COM ELAS, É ALGO NECESSÁRIO PARA QUE TODOS SE MANTENHAM DENTRO DA ARTE SUAVE!”

Leia mais: Violência contra a mulher: ‘Ele me castigava com o silêncio’ – Jornal Folha Metropolitana

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