Pequenos campeões: o futuro do jiu-jitsu

Em um domingo, 14 de fevereiro, rolou o Pan Kids, na Califórnia. Mais de 1100 atletas cheios de vontade, foram mostrar que não estavam pra brincadeira, com muita maturidade e com o jogo de surpreender muito adulto por aí, as crianças lotaram a Pyramid, de Long Beach e mais uma vez deram um show, deixando bem claro que o futuro do nosso esporte está garantido.

Pelo quarto ano consecutivo a Atos, equipe liderada por André Galvão e os irmãos Mendes, levou o primeiro lugar na colocação geral, mostrando o excelente trabalho que tem feito com seus pequenos. Em seguida, tivemos a Gracie Barra e a Checkmat na colocação geral.

O Pan Kids impressiona muito além dos números. Ao assistirmos as lutas, vemos um nível técnico altíssimo, companheirismo com a equipe e crianças centradas, é motivante! Em sua grande maioria, os pequenos apresentam uma maturidade incrível para lidar tanto com as vitórias quanto com as derrotas.

A cada ano vemos mais pais investindo desde cedo no futuro de seus pequenos no jiu-jitsu e também vemos os esforços para que participem de um campeonato como o Pan Kids, a competição mais importante para a galerinha abaixo do juvenil. Para ajudar a custear as despesas, os pais fazem rifas, cortes nas despesas domésticas, mudam o período de férias no trabalho e recebem ajuda até dos professores dos pequenos que oferecem seminários.

Quando a família sonha junto

Um bom exemplo dessa força familiar é a família que, no sobrenome, já mostra a garra que tem: a dos pequenos Maria Luiza e Saulo Bravo (Gracie Humaitá Saquarema), que este ano foram rumo aos Estados Unidos buscarem medalhas inéditas para a sua extensa coleção.

Maria Luiza (faixa amarela e preta) já soma mais de 80 medalhas e já é tetracampeã estadual FJJ Rio e tetracampeã brasileira pela CBJJ, um currículo invejável, ainda mais para uma menina de apenas 9 anos. Maria Luiza retorna ao Brasil com mais uma medalha na coleção, uma prata e seu irmão Saulo (faixa cinza e preta), uma ouro.

Maria Luiza sempre acompanhava o pai nos treinos e um dia impressionou o professor do papai, pois, só de observar os treinos, ela dominou com destreza algumas técnicas. O talento e a dedicação da menina pôs a família toda no tatame e sua mãe (faixa roxa) e seu irmão também se iniciaram na arte suave.

Agora, os pais dos pequenos têm seu próprio Centro de treinamento (CT Bravos) em Saquarema, litoral do Rio de Janeiro, e a mamãe Mayara se forma nesse fim de ano em Educação Física dando atenção especial à preparação do pequenos.

Nem ballet, nem karatê, é jiu-jitsu 

Outro bom exemplo de amor ao nosso esporte é Raica Gomes (GFTeam Paulínea), a pequena fez ballet e não gostou, começou no karatê, mas ao assitir o pai treinando jiu-jitsu pediu para participar do treinos também, aí não parou mais. Raica treina todos os dias e ainda faz treinos extras às terças e quintas-feiras, além de treinar judô. A pequena faixa amarela e branca de 9 anos já é tricampeã brasileira e soma 44 medalhas. Além de sonhar com um futuro no jiu-jitsu, ela também quer ser cientista. Em breve entrevista exclusiva com a pequena sinistra!

Diante de histórias e de talentos como esses e muitos outros por aí, podemos afirmar sem medo que o futuro do esporte está garantido e que esse futuro será nada menos que brilhante!

Bons treinos a todos. Oss!

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