Relatos de Um Kimono – Rivalidade Feminina no Jiu-Jitsu

Oi, gente! Cheguei Samanta aqui, do Bjj Girls Mag, e esse é mais um episódio do Podcast Relatos de um Kimono! E antes de eu entrar a fundo na história, quero dizer que você tem 10% OFF no site da Vouk Brasil usando nosso cupom BGM10, o link e o cupom pra você copiar e colar está na descrição desse vídeo, ok? A Vouk é uma marca plural demais, com diversos kimonos, rashguards e acessórios um mais lindo que o outro, então vale a pena conferir ok?

A história de hoje é da Helena, uma faixa azul de jiu-jitsu com cinco anos em média de jiu jitsu, e pelo que ela conta, sempre foi muito apaixonada pelo esporte. Ela começou a treinar na equipe do seu esposo, mas conheceu uma faixa preta ali na região e aí elas foram se aproximando, pois essa faixa preta tinha uma turma feminina ali e também fazia um treino feminino aberto em sua academia. 

E com o tempo, sua professora, que eu não vou nem dar nome pra ela, uma faixa preta, a convidou para participar de treinos femininos em outra equipe. Helena aceitou o convite e começou a frequentar esses treinos, inclusive os treinos femininos abertos a todas as equipes que essa professora faixa preta.

Em um desses treinos, a professora propôs a Helena uma escolha: permanecer em sua equipe original, onde não havia mulheres mais graduadas, ou mudar-se para a nova equipe onde ela poderia crescer mais no esporte. 

Meio que botou ela na parede né…

Mudança para a equipe nova

Helena decidiu se mudar para a nova equipe, acreditando que isso a ajudaria a evoluir como lutadora. Dentro dessa nova equipe, Helena se envolveu mais profundamente em um projeto feminino liderado por sua professora. Ela ajudou a organizar campeonatos e eventos, utilizando suas conexões políticas por meio de seu noivo para garantir patrocínios e apoio. Meio que uma assessora gratuita, né? Eu particularmente acharia incrível

Helena conseguiu patrocínios para camisetas, envolveu deputados no projeto e até garantiu uma reportagem em um jornal de esportes no Instagram. No entanto, divergências começaram a surgir quando a professora quis trabalhar com um organizador de eventos que Helena sabia ter uma má reputação. Helena se opôs fortemente, o que causou atritos entre as duas. E aqui eu quero fazer um parenteses

Helena sempre foi proativa, tomando a frente nas organizações e comunicações, mas essa postura começou a gerar conflitos. Em uma ocasião, ela mencionou o nome da professora em uma reportagem sem a devida autorização, o que agravou ainda mais a situação. 

Durante um período em que Helena esteve afastada dos treinos devido a uma infecção urinária, a professora a expulsou da organização. Psicologicamente abalada, Helena decidiu sair da equipe e até considerou desistir de treinar. Seu noivo, no entanto, a incentivou a retornar à sua equipe original, onde ela havia começado. 

Após um período afastada, Helena tentou retornar à equipe dessa faixa preta. Houve mediação, desculpas foram trocadas, mas a professora não queria que Helena competisse pela equipe. 

A rivalidade persistiu, com a professora continuando a dificultar a participação de Helena em eventos e treinos. Inclusive ela a machucou num desses treinos, não queria sair em fotos com ela, ficava falando mal dela pelos cantos… um comportamento bem infantil pra uma faixa preta, né? 

Ficar fazendo picuinha e intriguinha e depois quer “vender treino feminino” no instagram. Determinada a superar esses desafios, Helena continuou a organizar treinos femininos e lutas casadas, buscando o apoio de políticos e mantendo o foco no crescimento do jiu-jitsu feminino. Embora a rivalidade com sua ex-professora ainda existisse, Helena manteve seu compromisso com a comunidade feminina do esporte, sempre defendendo que todas as faixas, desde a branca até a preta, merecem oportunidades iguais. Hoje, Helena continua sem equipe fixa e sem sensei, está estudando entrar em alguma equipe mas ainda segue muito abalada com isso, e ela está assim, sabe? 5 anos de faixa azul, organizando seu treino feminino mas não sabe muito pra onde ir. 

Ela segue com a ideia de organizar treinos e eventos, acreditando firmemente que o poder do esporte feminino é maior do que qualquer rivalidade. A experiência trouxe aprendizados valiosos, e Helena se mantém focada em deixar um legado positivo para as futuras gerações de lutadoras.

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