No texto de hoje, trouxe duas mulheres que vem sendo inspiração no jiu-jitsu feminino: Maria Luisa e Maria Carolina Joia, faixas marrons . Conheço as duas há algum tempo, e vendo o quanto elas brilham, chamei para uma entrvista bem legal. Confere aí:
Maria Luisa: inspiração em movimento
Como conheceu o jiu-jitsu e há quanto tempo treina?
ML: Conheci o jiu-jitsu através dos treinos de MMA, em 2014. Mas comecei a treinar com constância há 7 anos, em 2016.
Como é sua rotina de treinos?
ML: Atualmente, estou focada na temporada No gi, portanto meus treinos são direcionados à modalidade sem kimono. Faço 1 treino forte No gi por dia, além de preparação física (2x na semana), musculação e natação nos outros dias. Procuro dar bastante ênfase na parte física nesse período, alinhar dieta, suplementação e sono.
Tenho costume de estudar bastante lutas em pé (wrestling, quedas) e os atletas que eu acho que combinam com meu jogo. Próximo de competição, ajustamos alguns detalhes em treinos extras quando achamos necessário.
Sigo alimentação elaborada pela nutricionista Nathalia Chantre e faço sessões semanais de psicanálise com minha terapeuta Lilian Vilaça.
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Quais são as principais dificuldades no esporte e na carreira de atleta?
A rotina é bem desgastante, ainda mais quando temos que conciliar com outras responsabilidades como estudos e trabalhos.
Quais os benefícios que o jiu-jitsu trouxe para sua vida?
O jiu-jitsu me ensinou a me autovalorizar como mulher/atleta, e descobrir a confiança que tenho em mim mesma. É incrível o sentimento que o jiu-jitsu me proporciona.
Qual o estilo de jogo que mais gosta e qual sua finalização preferida?
Gosto de jiu-jitsu pra frente, luta em pé, jogo de passagem e finalização guilhotina.
Quais os seus principais títulos?
- Campeã Brasileira peso e absoluto – IBJJF
- Bi campeã Sul-americana – IBJJF
- Vice Campeã Mundial – IBJJF
Quem são suas maiores inspirações no jiu-jitsu?
Minha maior inspiração no jiu-jitsu é meu professor Hugo Marques. Ele mora nos EUA, mas toda vez antes de entrar pra lutar penso muito nele. Não somente pelo estilo de luta de lutar sempre pra frente, até o fim e com muito coração, mas também por me ensinar a acreditar em mim mesma.
Quais os próximos objetivos?
Pretendo lutar ainda o Sul americano e uma luta casada antes de encerrar o ano no Mundial em Las Vegas. Para ano que vem, pretendo continuar focando minha carreira no grappling. Tenho um objetivo muito claro de um dia ter a oportunidade de lutar entre as melhores do mundo do grappling no ADCC, então farei o caminho que for necessário para chegar até lá.
Palavras finais?
O jiu-jitsu é uma arte marcial que pode inspirar outras mulheres a superar seus próprios desafios e alcançar seus objetivos. É uma modalidade que exige muito esforço, dedicação e superação, mas que também traz muitos benefícios, como a autovalorização, a confiança e o sentimento de superação.
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Maria Carolina Joia: superação e inspiração no jiu-jitsu feminino
Como conheceu o jiu-jitsu e há quanto tempo treina?
Comecei treinando muay thai, e na época, surgiu a ascensão do MMA feminino por conta da Ronda Rousey. Com isso, surgiu a vontade migrar para o MMA, e aí conheci o jiu-jitsu. Há 6 anos.
Como é sua rotina de treinos?
Todos os dias faço treino de jiu-jitsu ou nogi, preparação física 2x na semana, treinamento de respiração e treinamento mental. Além disso, tenho as aulas da faculdade de Educação Física todos os dias. Costumo utilizar os finais de semana para fazer análises de vídeo. Minha alimentação é prescrita por uma nutricionista.
Quais são as principais dificuldades no esporte e na carreira de atleta?
São muitas, mas as mais desafiadoras para mim até hoje foram: me afastar dos treinos e competições devido a uma lesão que demandou intervenção cirúrgica; conciliar as obrigações acadêmicas com a rotina de atleta e lutar muitos campeonatos próximos devido a alta densidade competitiva existente no jiu-jitsu.
Quais os benefícios que o jiu-jitsu trouxe para sua vida?
O jiu-jitsu me ensinou a me conhecer melhor e a acreditar em mim mesma. Além disso, me ajudou a desenvolver disciplina, foco e determinação.
Qual o estilo de jogo que mais gosta e qual sua finalização preferida?
Gosto de derrubar, passar e finalizar. Minha finalização preferida é a guilhotina.
Quais os seus principais títulos?
- Campeã Mundial IBJJF;
- Campeã Sul Americana Nogi IBJJF;
- Vice-campeã brasileira Gi e Nogi IBJJF;
- Terceiro lugar peso e absoluto Pan IBJJF;
- Terceiro lugar Mundial NoGi IBJJF.
Quem é sua maior inspiração no jiu-jitsu?
Meu professor Hugo Marques, que sempre foi minha maior inspiração, desde a faixa branca.
Ainda tem algum desafio para vocês esse ano? Se sim, qual?
Para esse ano, seguir lutando a temporada NoGi, e também tenho uma luta casada a ser confirmada.
E para o ano que vem, quais os maiores planos e desafios?
Para o ano que vem, meu maior objetivo é buscar o meu segundo título mundial de kimono da IBJJF.
Perguntei para elas também que, como irmãs, se elas já tiveram algum desentendimento nos treinos de jiu-jitsu, e a Carol respondeu:
“Alguns stress pequenos de treino, da rotina do dia a dia, mas nada sério! Inclusive já fomos parar no hospital duas vezes, 🤣🤣porque uma apagou a outra, mas foi super sem querer e ficou tudo bem depois.”
Mas, no geral, ela ressaltou que são bem unidas no dia a dia. pois fazem praticamente tudo juntas. Outro ponto interessante é que a Maria Luisa é formada em Relações Internacionais, e além de trabalhar com jiu-jitsu, ela também dá aulas de inglês, e a Maria Carolina está no último semestre de Educação Física. Muito massa, né? Obrigada meninas pela entrevista.
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