O Atleta da Semana de hoje é dois em um e trás a história de duas irmãs do Rio de Janeiro que amam o mundo da luta, mas treinam em equipes diferentes. Maria Luísa Joia, da Nova União, e Maria Carolina Joia, da Soul Fighters, ambas são faixa azul de jiu-jitsu e conheceram a arte suave por meio de outras artes marciais.
Elas começaram a história na luta com o muay thai. O que no início seria um hobby, virou coisa séria e o MMA entrou em cena como mais um interesse. Foi assim que conheceram o jiu-jitsu, começaram a treinar para ser um complemento ao MMA. Mas foram gostando, treinando cada vez mais e hoje levam a sério as competições de BJJ.
Quando tudo começou, no muay thai, elas já treinavam em locais diferentes, a princípio por questão de horário das aulas e a rotina de cada uma. Conforme os treinos foram evoluindo, e depois já no jiu-jitsu, os laços e amizades nas respectivas equipes já eram grandes e cada uma continuou em um lugar. Já aconteceu delas caírem na mesma categoria e lutarem, mas sempre procuram ficar em categorias distintas.
Apesar de estarem em equipes diferentes, o apoio entre as duas é muito grande, uma ajuda a outra na hora de bater o peso, dando dicas ou focando para os campeonatos. “No brasileiro minha irmã não lutou mas ela foi pra me fazer companhia, pra me ajudar, ficar comigo. Isso é importante.”, segundo Carol.
A rotina hoje está mais voltada para o jiu-jitsu, cada uma fazendo dois treinos ao dia e preparação física. Carol faz fortalecimento com musculação e esporadicamente treinos de muay thai. Luísa também treina wrestling e faz natação. Como dá para perceber, a rotina é muito corrida, então elas não têm o hábito de treinar em casa juntas. Mas às vezes fazem alguns treininhos, drills ou posições.
Quanto às dificuldades da carreira de atleta, Carol diz que uma das maiores “é a falta de reconhecimento, porque implica na falta de apoio e em diversas coisas. As pessoas não reconhecem que ser atleta é uma profissão.” Luísa ressalta que apesar de saberem que têm mais privilégios do que alguns atletas, é “muito difícil se manter exclusivamente de jiu-jitsu porque os campeonatos são bem caros. Além disso, fazer dieta é a parte mais sacrificante.”
As duas concordam que um dos maiores benefícios que o jiu-jitsu trouxe foi em relação às novas amizades e pessoas que puderam conhecer. Carol também ressalta que se tornou mais forte mentalmente: “o jiu-jitsu me trouxe experiências muito diferentes, perder de cara em um campeonato pequeno, ganhar um campeonato grande. Aprendi a persistir mesmo errando, mesmo perdendo nos campeonatos”.
Em relação a tipo de jogo, Luísa diz que seus professores a incentivam a jogar tanto por baixo quanto por cima e sua finalização preferida é o katagatame. Já Carol diz que o que faz de melhor é quedar e jogar por cima e gosta muito do arco e flecha.
Sobre suas inspirações no esporte, Luísa ressalta que isso vai muito além de gostar de um atleta campeão que está na mídia: “eu me inspiro nas pessoas que além de serem multicampeãs, são generosas de passarem o que sabem e vivem o jiu-jitsu em sua essência. Gosto muito do Leonardo Santos, Michelle Oliveira, Luan Carvalho, Michelle Tavares”. Carol fala sobre seus professores, Hugo Marques e Julia Boscher, que são inspirações como atletas e como pessoas e completa: “sou muito fã do jogo da Baby [Ana Carolina Vieira] e da Raquel Canuto, gosto muito”.
Elas colecionam alguns títulos importantes, como, no caso da Carol: 5x campeã do campeonato carioca de Muay Thai, campeã do Grand Slam do Rio, BJJ Pro, Gracie Pro e alguns Opens sem kimono. No caso da Luísa: campeã do Sul Americano da SJJSAF, vice-campeã Rio Open No Gi, vice-campeã Pan Americano SJJSAF e vice-campeã Estadual de Luta Livre.
Por fim, elas deixam uma mensagem de incentivo para todas as meninas que praticam jiu-jitsu:
Unam-se, estudem jiu-jitsu, procurem treinos para evoluir e não liguem para opiniões negativas. – Maria Luísa Joia
Persistam, insistam no sonho e na evolução de vocês. Não se comparem com os outros, cada um tem o seu caminho, seu tempo. A gente vive em um meio que tem muitas dificuldades, muito machista. Mas se a gente se juntar, botar a cara pra lutar, se ajudar nos treinos e competições, vamos chegar, porque só temos a crescer. – Maria Carolina Joia
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