Em qualquer esporte, nosso corpo está sujeito a sofrer com o esforço que fazemos. Até mesmo andando na rua podemos nos acidentar, torcer o pé, machucar o braço ou algo nesse sentido. Portanto, não é por praticar jiu-jitsu ou alguma outra modalidade que, só assim, estaremos sujeitos a lesões. Mas é claro que precisamos tomar o devido cuidado.
Esses dias escutei da minha mãe que o jiu-jitsu não tem impacto como o basquete, o vôlei (que o atleta dá muitos saltos, por exemplo, e lesões de joelho e tornozelo são mais comuns). Mas o jiu-jitsu tem torções, estrangulamentos, chaves, projeções. ‘Ah, então o risco é muito maior’. Não necessariamente. Como foi falado antes, até alguém que não pratica nenhum esporte está sujeito a se machucar. Então, não devemos deixar de nos exercitar por isso. Muito pelo contrário, o exercício físico pode inclusive ajudar em uma série de dores e problemas que a pessoa já tem.
Mas hoje vamos discutir o que podemos fazer depois que nos lesionamos. Ninguém gosta de se machucar, mas não tem como a gente fugir. Podemos, sim, ter uma série de hábitos que ajudam na prevenção como não matar o alongamento/aquecimento, tentar dormir bem, se alimentar bem, não desmerecer as pequenas lesões e cuidar para que não aumentem. Mas e quando, mesmo assim, nos machucamos?
Uma palavra que você vai ter que ter fixa o tempo inteiro na sua cabeça é paciência. Não se desespere, seja persistente. A vontade de desistir vai chegar sim, mas não podemos deixar que ela tome conta e seja maior que a nossa vontade de continuar. O que você mais vai ouvir é isso, para ter paciência e calma que a hora vai chegar. Mas só você sabe o que está sentindo, como está sendo a sua evolução e quão difícil é vivenciar esse momento. Só que muita gente já passou por isso e esses conselhos podem sim te ajudar bastante.
Portanto, não se feche apenas ao seu universo. O que isso quer dizer? Permaneça em contato com o mundo do jiu-jitsu, acompanhando a galera nos campeonatos, conversando sobre a arte suave com seus amigos. Não deixe de ir à academia (a não ser que seja algo muito grave e você tenha que manter repouso absoluto). Se a lesão – e seu(sua) médico(a) – permitir, faça as posições que não forçam o local machucado. O importante é não se afastar, se não, realmente, o desânimo vai ganhando da sua força de vontade.
‘Ah, mas é muito fácil falar, todo mundo me dá conselhos mas não sabe o que eu estou passando’. Como eu disse, bastante gente passa por isso. Eu, por exemplo, estou há seis meses lesionada e desde o início do ano sem treinar, só fazendo o aquecimento e as posições que não forçam meu ombro. Tenho a consciência que não vou desistir, pois meu objetivo é muito maior lá na frente. Mas, é muito difícil. Ficar assim tanto tempo, a gente começa a se perguntar “será que eu vou voltar?”. Vai! Acreditar e apostar no seu potencial é fundamental.
Outra questão fundamental, que pode te ajudar muito a voltar aos treinos, é procurar logo atendimento médico. Eu não tive um trauma ou algo que iniciou a lesão, simplesmente comecei a sentir dor. Demorei um pouco para ir no médico e começar a fisioterapia. Mas faz parte, o importante é ter a consciência que precisamos nos tratar. Pois uma lesão mascarada pode virar um problema muito maior no futuro e te deixar longe dos tatames por muito mais tempo. Não finja que a lesão não existe e não tente comer etapas no processo de recuperação. Como falamos lá em cima, paciência é a palavra-chave.
Então, pessoal, mesmo que a gente perca as esperanças quando ficamos muito tempo afastados dos treinos, temos que lembrar sempre que nosso objetivo é maior que isso. Pode ser ganhar um campeonato mundial, chegar até a faixa preta, ou até ganhar um grauzinho que seja. Olhe sempre em frente e lembre do que te motiva a não desistir a cada dia!
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