Atleta da Semana – Victória Maciel Antelante

O Atleta da Semana de hoje traz um papo com Victória Maciel Antelante, recém graduada à faixa marrom pela equipe Soul Fighters, filial do professor Marcus Antelante no Texas, Estados Unidos.

Victória conheceu o jiu-jitsu aos 15 anos com seu primo, o professor Rafael Formiga. Porém, quase não tinham meninas treinando e a turma era só de homens e ela não se sentiu confortável para continuar. Três anos depois começou a treinar boxe e quis voltar ao jiu-jitsu. Como a academia do primo era longe de onde morava, foi treinar com Marcus Antelante (hoje seu marido) e Oswaldo Queixinho.

Por conta de mais uma mudança de casa, não conseguiu dar continuidade aos treinos. Depois de praticamente um ano, voltou para perto de onde morava e também com os treinos. Depois que pegou a faixa azul, Victória teve que dar mais um intervalo por conta do trabalho e faculdade. Mas em 2012, Marcus recebeu uma proposta de trabalho no Texas, para das aulas de jiu-jitsu e ela se mudou com o marido. Desde então, não deixou mais a arte suave sair de sua vida.

Seu marido sempre competiu e Victória o acompanhava nas competições. Em 2013, conforme foi aumentando a constância nos treinos, ela também começou a sentir vontade de se dedicar aos campeonatos. Ela compete regularmente e já foi Campeã Mundial No Gi, ficou em terceiro do Mundial desse ano (os dois na faixa roxa) e tem pódio em todos os Pan Americanos que participou.

Sua rotina envolve dois treinos de jiu-jitsu por dia, um deles com a equipe de competição. Além disso, preparação física duas vezes por semana. Victória não segue nenhuma dieta específica, mas se alimenta bem no dia a dia. Perto dos campeonatos, diminui o consumo de certos alimentos com mais carboidratos para bater o peso. Sua finalização preferida é o armlock.

“Hoje em dia o que me motiva é a paixão pelo esporte, a vontade de melhorar como atleta e professora e estar sempre em busca de desafios”

Victória vive do jiu-jitsu, dando aulas para crianças e ajudando seu professor nas aulas para adultos. Ela conta com patrocínios como o da Gameness, seu fisioterapeuta Travis Mann e a clínica Athletic.

Uma de suas maiores inspirações no esporte é a faixa preta Hannette Staack. Marcus, seu marido, treinou até a faixa marrom com ela e André “Negão” Terêncio. Hannette foi, então, a primeira mulher que ela conheceu do jiu-jitsu. “Ela é minha maior inspiração”, conta. Victória também admira muito Mackenzie Dern, que além de tudo é sua amiga.

Ela conta que sua maior dificuldade no esporte é algo que muitas pessoas também sofrem: ter que enfrentar as lesões. A atleta já ficou, ao todo, aproximadamente dois anos parada por conta de lesões e diz: “às vezes fico muito desmotivada mas o amor é maior e eu sempre volto”. Em relação às diferenças entre o Brasil e os Estados Unidos, Victória conta que atualmente o acesso a suplementos, por exemplo, é mais fácil. E que nos EUA, observa que é mais fácil conciliar o jiu-jitsu com o trabalho, já que agora vivem da arte suave.

Victória diz que assim que se mudou para o Texas, só tinha ela e mais uma menina treinando. Hoje, são mais de dez, fora a oportunidade dos treinos femininos em outras academias. “Eu fico muito feliz com essa evolução e espero que melhore a cada dia. O que eu puder fazer para ajudar a fazer o jiu-jitsu feminino crescer, eu farei”.

Desejamos que a Victória continue com uma trajetória de sucesso no jiu-jitsu e agradecemos por contar um pouquinho de sua história para a gente!

Até a próxima entrevista. Oss!

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