O Atleta da Semana de hoje conversou com Deise Leonanjo, atleta faixa branca da Bahia. Assim como outras pessoas, Deise começou no muay thai e achava o jiu-jitsu um esporte engraçado, diferente. Às vezes ela chegava mais cedo e assistia as aulas de jiu-jitsu e, por convite de um amigo, um dia resolveu tentar. Depois disso, se apaixonou e trocou o muay thai pela arte suave em junho de 2016.
Ela começou a treinar só por lazer e, aos poucos, foi pegando gosto pelas competições. Depois que uma parceira de treino se empenhava para ir ao seu segundo campeonato, Deise se interessou em participar também. Ela conta que sempre faz o possível para competir e que “o primeiro campeonato foi uma sensação maravilhosa, me motivou muito a continuar treinando! Quando me dei conta, o Jiu jitsu já tinha se tornado uma das coisas mais importantes da minha vida e quero levar isso pra sempre comigo”.
Além dos treinos de jiu-jitsu, que faz todos os dias, Deise treina CrossFit e, recentemente, também judô. Ela segue uma alimentação orientada por um nutricionista, o que melhorou seu rendimento nos treinos, e conta com alguns apoios e patrocínios. Apesar de ainda estar na faixa branca, ela conta que não teve dificuldade em conseguir quem a apoiasse: “tive muita sorte em encontrar pessoas que acreditam na minha capacidade de crescer no esporte”. Atualmente, a rotina de treinos está um pouco diferente, pelo fato de estar morando um período em São Paulo. Mas ela encontrou boas oportunidades, além de estar em um lugar mais acessível às competições. Em São Paulo ela treina na Alliance.
Por ter que mudar de cidade, Deise precisou trancar a faculdade, mas pretende concluir o curso e pensa em se dedicar totalmente ao jiu-jitsu. Sua posição favorita é a meia guarda e tem admiração por atletas como os irmãos Myao e Gabi Garcia. Ela já coleciona alguns títulos importantes como o do Campeonato Brasileiro da CBJJ, Rio Winter Open, São Paulo BJJ Pro, vice-campeã do BH Summer Open e do Brasília Open.
Uma das principais dificuldades que enfrenta hoje é o fato de estar em outro estado. Por conta de uma doença do pai, a família foi para São Paulo para que ele fizesse o tratamento e, consequentemente, a rotina mudou bastante e ela tem se dedicado muito a ajudar a família. Porém, ela conta que tenta dar o seu máximo no tempo que tem disponível.
Deise é a única mulher na academia que treina, mas conta que nunca teve problema com os meninos, que a tratam de igual para igual e a respeitam. “Os meninos me tratam de igual pra igual e não me desmerecem pelo fato de ser mulher. Apesar de acontecer muito em outras equipes, sou grata pelos meninos me tratarem muito bem”.
Deise pretende continuar nessa caminhada e tem muitos objetivos para a faixa azul e sua trajetória no jiu-jitsu. Desejamos boa sorte e que colha sempre bons frutos na arte suave!
