Como a defesa pessoal vem ajudando idosas no Quênia

Numa favela de Nairobi, no Quênia, descobrem-se aulas de defesa pessoal. Não daquelas que estamos habituados a ver, pois, há uma particularidade bem interessante em tais aulas: quem as praticam são idosas cansadas de serem vítimas de estupro. A arte marcial da qual praticam é o karatê, no estilo Shorin Ryu. As idosas, que estão entre os 60 anos pra mais (a mais velha tem 85 anos), aderiram a tal estratégia para conseguirem se defender dos estupros que são numericamente absurdos no Quênia e crescem cada vez mais. As idosas são alvo favorito dos estupradores, porque há uma crença que por elas terem a vida sexual menos ativa, estão imunes ao HIV, além de serem vistas como “mais frágeis”, portanto, mais fáceis de serem estupradas.

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No Quênia, a problemática do estupro é bastante latente: cerca de 40.000 estupros registrados só no ano de 2009, por exemplo. As idosas, após aprenderem a se defender, costumam repassar o que sabem para outras mulheres, jovens ou não, para que estas consigam resistir à uma violência tão lamentável e cotidiana. Conheça um pouco mais sobre elas neste vídeo (em inglês).

Uma das idosas, Jane, revela no vídeo que um homem tentou atacá-la no pescoço e então, ela bateu nele diversas vezes. Com tudo isso, é possível enfatizar qual o significado de uma arte marcial para uma mulher, seja qual arte for: é resistência. Tanto no Ocidente, como no Oriente, enfim, em qualquer canto do globo, a mulher que aprende uma arte marcial começa a ter mais confiança nela mesma, mais força, mais coragem.

Que tal nos inspirarmos nessas mulheres incríveis?

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