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Faixa preta em construção
Diante de uma grande maratona, o podium sempre é enaltecido. Entretanto, esquecemos de valorizar os primeiros passos da caminhada, isso aplica-se de maneira muito interessante ao jiu jitsu, as pessoas que praticam o esporte em sua grande maioria enaltecem as cores das faixas. Não que isso seja errado, no entanto esquecemos de apreciar a beleza do início. Essa faixa que muita gente menospreza e ridiculariza, é a base de um grande atleta, e portanto merece ser respeitada e admirada.
Fácil é admirar, difícil é despir-se dos preconceitos e se permitir adentrar num mundo novo, cheio de possibilidades. A faixa é parte da construção da sua identidade no Jiu Jitsu. Respeite-a, não precisa idolatrá-la, muito menos despreza-la, mas faz-se necessário o respeito.
Quem é um faixa preta hoje, foi um faixa branca “ontem”, e sendo um iniciante no esporte, precisou perseverar e continuar na prática da arte suave. Além disso, o faixa branca precisa dedicar-se, observar os mais experientes e aprender com eles o que fazer, e o que não fazer. Faixas brancas possuem identidade em construção e identidade civil, muitas vezes esquecem o nome do atleta e o rotulam: “ ei novato” , “ei tu de branca”…
È imprescindível que a identidade do atleta seja construída numa perspectiva positiva, logo é necessário que essa afirmação de quem eu sou e o que eu posso ser, inicie com o próprio atleta, quando te perguntarem, qual sua faixa? Responda de cabeça erguida:
– Sou faixa branca com muito orgulho!
Não menospreze um faixa branca, ele pode surpreender muitos.
Meus amigos faixas brancas, nós somos a base do jiu jitsu, tenhamos uma imagem positiva, e busquemos nos desenvolver no esporte: nada de afobações, não se sinta um lutador profissional: sua estrada está apenas começando.
Agora quero falar com você que pensa que faixa branca é “lanchinho” de graduado: você ontem foi um faixa branca, tenha empatia. Colabore. Oriente. E se possível for não atrapalhe, não lesione, não seja o “predador dos faixas brancas”. Isso é no mínimo desnecessário, para não dizer que soa como covardia. Qual o mérito que um graduado tem de usar da força excessiva e finalizar de tudo o que é jeito um faixa branca?
E uma última coisinha aos brancas: persista, insista e não desista. Você é um faixa preta em construção.
Oss!
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