Enquanto as lutadores de MMA popularizaram disciplinas para as mulheres, existe um lugar onde elas não podem entrar no tatame: Irã. O Irã é um país conhecido por sua rigidez com as mulheres. Um caso que ficou famoso foi o de Ghoncheh Ghavami, que foi presa por assistir um jogo de vôlei masculino, em 2014.
‘BJJ’ é uma disciplina de luta, como de wrestling ou judô olímpico, onde o objetivo final é a finalização de um oponente devido a um estrangulamento ou bloqueio da articulação. Durante os rolas, parceiros de treino inevitavelmente se encontram em posições que, como você pode imaginar, é um problema em um dos países mais segregados do gênero no mundo. Em Abu Dhabi, por exemplo, mesmo sendo uma cidade onde o jiu jitsu é ensinado nas escolas, as mulheres tem diversas limitações: não podem treinar com homens, mesmo de kimono, treinam encapuzadas, entre outras dificuldades.
Oque é “Genereficar”? É colocar as coisas da vida na ordem dos gêneros, apondo normas, atitudes, símbolos e ações.
É difícil encontrar algum setor da atividade humana que não tenha sido genereficado, isto é, no qual não tenham ocorrido processos culturais designando simbolicamente, em termos dicotômicos e muitas vezes antagônicos, aquilo que seria mais adequado para que o homem, ou então para que a mulher, realizasse.
Mas algumas coisas vêm mudando e então, hoje, o BJJ GIRLS MAG, está feliz e parabeniza Zahra; ela era lutadora de taekwondo quando sofreu um acidente automobilístico que a deixou sem movimentos das pernas. O problema não a impediu de seguir carreira esportiva, sendo que agora ela defende o país como arqueira. Em Londres 2012, a atleta foi a primeira mulher de seu país a ganhar uma medalha Olímpica e Paraolímpica e por isso, foi escolhida para ter a honra de levar a bandeira. Essa decisão marca, ainda, um ponto importante na história do país, mostrando que as mulheres iranianas vêm ganhando força e espaço no país.
Realmente um fato inédito e que pode ser um sinal de mudança dos tempos pelos lados do Oriente Médio, assim esperamos.