Hoje se comemora o dia internacional da mulher, dia reconhecido oficialmente pela ONU em 1977. Até a oficialização desta data muitas lutas foram travadas por guerreiras em prol de seus direitos, o que não é muito diferente dos dias atuais. Embora tenham sido alcançadas algumas conquistas muita coisa precisa evoluir principalmente em nosso país que é considerado o quinto mais violento do mundo contra as mulheres, dados oferecidos pela ONU no mapa da violência de 2015.
Muito se fala do incidente numa fábrica têxtil de Nova Iorque em 1911, onde 130 operárias morreram carbonizadas durante uma greve, porém, alguns acontecimentos anteriores foram responsáveis para que se houvesse a criação da data, como no final do século XIX os protestos na Europa contra as jornadas de trabalho de 15 horas de duração com salários medíocres, ou em 1908 nos Estados Unidos cerca de 1500 mulheres se reuniram em prol de igualdade econômica e política no país.
Em 1917, 90 operárias Russas uniram-se para protestar contra o Czar Nicolau II por causa da fome, condições de trabalho e a participação da Rússia na guerra, movimento conhecido como “Pão e Paz”. No Brasil grupos anarquistas no inicio do século XX também solicitaram melhores condições de trabalho e em 1970 começaram a se discutir em algumas organizações, debates sobre igualdade de gêneros, sexualidade e saúde da mulher.
Movimentos inspirados nas sufragistas britânicas que aprenderam a lutar Jiu Jitsu para se defender durante as manifestações. Um dia de reflexão, pois ainda temos muito para alcançar, temos uma mídia que estabelece padrões tanto estéticos como de submissão das mulheres, temos indiferenças na violência sofrida cotidianamente como assédio físico e moral. Nos espaços políticos são poucas as representações femininas e além de ajudar no orçamento financeiro de seus lares, as tarefas dos mesmos ainda caem sobre sua total responsabilidade.
No Jiu Jitsu, a pouco se deu a ascensão do público feminino, mas como está inserido na sociedade a arte reproduz muito destas mazelas, é inevitável, como competições que menosprezam as premiações para mulheres, a falta de respeito ainda é considerável, há poucos espaços com mulheres professoras ou representatividade nas federações.
Um dia de Luta, um dia de parabenizar a estas guerreiras por não desistir de seus ideais, um dia de refletir melhores relações entre gêneros, o dia da mulher. Parabéns guerreiras, Oss!
REFERÊNCIAS
http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/8-marco-dia-internacional-
mulher-genero-feminismo-537057.shtml
http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2015/MapaViolencia_2015_mulheres.pdf
https://www.facebook.com/virusplanetario/posts/993137777443458:0
http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=2040
