Ep 0006 – Relatos de Um Kimono – Constrangimentos

Oi, gente! Aqui é a Sam, do BJJ Girls Mag, cheguei pra mais um episódio do Relatos de um Kimono

E hoje eu vou contar pra vocês a história da Roberta. Bom, a Roberta é uma pessoa que eu já acompanho faz um tempo, e olha… já vi a frustração dela com a academia que ela treinava. Sério, gente, a coisa é sinissstra.  Bora lá que eu vou explicar.

A Roberta começou a treinar jiu-jitsu alguns anos atrás porque ela precisava liberar energia, sabe? Tipo, desestressar. Só que não era só isso, não… ela também usava o treino pra lidar com a raiva que ela sentia, por causa de um abuso sexual que aconteceu quando ela tinha só 8 anos. Tenso demais, né?

Ela curtiu o jiu-jitsu logo de cara, se apaixonou pelo esporte, mas, gente, aí a vida começou a complicar. Questão de logística, grana, lesões… e aí ela ficava parando e voltando. Só isso já é difícil, mas o pior ainda tava por vir.

Nos últimos anos, ela começou a passar por umas situações muito constrangedoras e humilhantes na academia. Tipo, desde falta de apoio até assédio. O jiu-jitsu, que era pra ser a válvula de escape dela, começou a virar um fardo. E o mais triste? Ela achava que não tinha muito o que fazer pra mudar isso.

Ela treinava lá sem pagar, e no começo parecia que tavam dando uma força pra ela não desistir, sabe? Mas, adivinha? Chegou a conta. Ela nunca se sentiu parte daquele lugar. Só tratavam ela bem quando queriam algo em troca, quando ela era útil.

E tem mais… até usaram a maternidade dela pra humilhar ela, falando que era uma mãe ruim. Gente, sério, usaram problemas pessoais dela contra ela! É de revoltar.

E pra piorar, o professor, um homem casado, dava em cima dela. Bizarro, né?

Ainda por cima, as duas meninas mais graduadas da academia, que tinham todas as regalias, estavam sempre tentando descredibilizar a Roberta conforme ela foi se destacando nos treinos.

Só que ela nunca conseguia sair dessa situação. Primeiro, porque ela não tinha grana pra pagar uma outra academia. E segundo, porque na cidade onde ela mora, ali perto de Vitória, quase não tem opções de lugares pra treinar. Era tipo… ou ficava ali, ou desistia de tudo.

E ela ama competir, sabe? Mas até nisso desmereciam ela. O professor falava mal do jiu-jitsu dela na frente das outras meninas. Como ela ia competir sem uma equipe? Como ia pagar outra academia? Isso a deixava paralisada, gente. Sem conseguir tomar uma decisão. E sim, a condição dela é ruim financeiramente, ela sustenta uma casa sozinha com crianças, então não sobra, de fato…

Pra ela, parecia que a única saída era desistir do esporte. E ela quase fez isso. Mas olha… a Roberta é guerreira, viu?! Recentemente, ela criou coragem e deu um basta. Mesmo que isso significasse parar de competir, mesmo que ela ficasse sem treinar.

Hoje, a Roberta é faixa marrom e tá planejando ir pra outra equipe, talvez até em outra cidade. Ela ainda não sabe exatamente pra onde a vida vai levar, mas sabe que nunca mais vai aceitar ser tratada daquele jeito. E mais: ela vai trabalhar pra que as meninas que estão chegando entendam que ser tratada assim não é normal. Isso não é jiu-jitsu!

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