Lutamos por um futuro melhor

Mulheres sempre estão lutando por algum objetivo e na arte marcial não é diferente, estamos cada dia mais conquistando o nosso espaço e direitos.

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Mesmo com tantas lutas ainda existem muitos preconceitos no ambiente da arte marcial. Quando a mulher escolhe o jiu-jitsu como esporte, talvez enfrente muitos questionamentos, um deles é sobre o esporte ser para homens. Fazendo muitas mulheres desistirem de entrar em uma academia de arte marcial.

Quando amarramos a nossa faixa para cada treino ou competição representamos milhares de mulheres e meninas, que sonham com um mundo sem preconceitos.

Qual a sua maior luta dentro do tatame?

 A minha luta agora é para no futuro das pequenas que ainda vão pisar no tatame, elas não sofram preconceitos que ainda existem muito hoje.

Quando engravidei já treinava jiu jitsu, tive que parar e voltei quando a minha filha completou 6 meses. Me tornei mãe e o meu maior sonho começou a ser por ela para ter um futuro de grandes vitórias dentro e fora do tatame. Sonho em ver minha filha dentro de um tatame que não tenha tanta diferença e preconceito.

Hoje quando leio sobre os assédios e vejo como ainda é comum e acontece dentro de academias o meu coração aperta. Me revolto em saber que ainda com tantas lutas acontecem situações que prejudicam uma mulher, por isso as lutas pelos nossos direitos não podem parar.

Mas em cada matéria de assédio também tem por trás uma mulher forte que resolveu denunciar. Desejo que quando a minha filha pisar em um tatame ele seja um lugar muito mais receptivo para o sexo feminino.

Como fazer a diferença

O machismo ainda existe em muitas situações, nós mulheres precisamos nos unir e mostrarmos os nossos valores dentro e fora do tatame. O primeiro passo é nos respeitarmos, não vamos vencer essa luta enquanto entre mulheres de uma mesma academia ainda exista rivalidade. União é importante para grandes mudanças.

Nós mulheres tivemos grandes conquistas, como a premiação igual em alguns dos grandes campeonatos. Estamos conquistando um espaço enorme no esporte, o número de professoras e praticantes só cresce e tudo isso é fruto de muita luta.

Quando mudei de equipe, 2 meses antes de engravidar, era a primeira turma mista de quatro mulheres, duas iniciantes. Hoje a nossa academia tem duas turmas mistas e uma feminina, já estamos com 14 mulheres ao total em menos de um mês.

Me sinto tão feliz com cada rosto novo, vejo que a diferença está acontecendo dentro da academia, com cada mulher que resolve fazer uma aula experimental.

Eu desejo que quando a minha filha pisar no tatame todas as dificuldades que mulheres passam por serem mulheres não existam mais.

E qual o seu desejo para o futuro do jiu-jitsu feminino?

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