Lutadora carioca ainda revelou como concilia a carreira como atleta com a de mãe e esposa
Aos 29 anos, Laura Misk Miller acumula diversos títulos na carreira como atleta profissional de Jiu-Jitsu. Faixa-marrom de Sylvio Behring, a lutadora, atual número 33 do ranking sem kimono da IBJJF esteve um pouco afastada do cage para cuidar da sua única filha. Esposa do jogador Jorginho Netto, atualmente atleta do Club Sportivo Luqueño do Paraguai, Laura tem tido dificuldades para dar sequência a sua carreira devido as constantes mudanças de clube do marido, porém não é nada que desanime a lutadora ou que conturbe a vida do casal de atletas:
– É bem difícil, eu tenho muita dificuldade de voltar ao ritmo como era antes. Meu marido é jogador de futebol e cada hora estou em um lugar, já morei em Malta, na Finlândia. Quando chego em algum lugar tenho que arrumar um lugar pra treinar, em Malta não consegui, e também foi uma fase difícil pra treinar por minha filha ser muito pequena. Agora está melhorando, minha filha tá maior, tá ficando mais fácil. O meu marido meu dá o maior apoio, ele sempre gostou que eu praticasse Jiu-Jitsu e sempre me apoiou. Desde o começo, quando tive a minha filha, ele me motivava a treinar, mas ficava muito cansada, meio desanimada e ele sempre me deu força.
Filha de Luiz Henrique Linck Miller, que apesar de ser piloto, é quinto Dan faixa-preta de Jiu-Jitsu, Laura começou na arte suave aos 15 anos, e desde então seu apaixonou pelo esporte. Representando a equipe do pai, a Get Fight, assim como a Behring Jiu-Jitsu, Laura vem de recentes conquistas em campeonatos na Europa. A lutadora ficou com 4 ouros em Londres, e 4 medalhas no Open de Madrid (prata, bronze, e dois ouros).
Campeã Sul-Americana e de outros torneios da IBJJF, a lutadora está atualmente no Brasil onde tira a sua carta de habilitação antes de ir acompanhar o marido no Paraguai. Obstinada, a lutadora tem como grande meta em 2019 chegar a faixa-preta, um de seus maiores sonhos na carreira como atleta:
– Meu maior objetivo para 2019 com certeza é pegar a faixa-preta. É uma coisa que ficou pendente no ano passado, e que com certeza agora está em primeiro lugar pra mim. Além disso quero entrar em um ritmo forte de competição que é algo que estou com muita dificuldade. Quero ver se esse ano consigo entrar com tudo, tratar minhas lesões e competir ao máximo que puder – finalizou Laura Misk.
Enquanto se recupera de um machucado no tornozelo, a lutadora tem como principal foco tentar disputar o Campeonato Brasileiro que acontece entre o fim de abril e começo de maio. Além disso, o Mundial da Califórnia é outro sonho da lutadora que nunca teve a oportunidade de lutar em um torneio dessa magnitude.