Quando a gente chega no primeiro dia para treinar e não sabemos nem dar um rolamento, eles que nos ensinam. Com toda a paciência que devem ter, vão pouco a pouco mostrando todos os detalhes do jiu-jitsu aos alunos. Sabem o que ensinar aos faixas brancas de primeira aula e aos faixas pretas que estão há anos treinando.
O ofício de professor(a) vem carregado de uma enorme responsabilidade, e no jiu-jitsu não é diferente. Vemos muitas histórias de mudança de vida com a arte suave, e os professores são um dos pilares dessa transformação. Não basta amarrar uma faixa preta na cintura para ser professor(a). Até porque muitos por aí não tem a menor responsabilidade para tal.
É preciso ter tido toda uma preparação antes da faixa preta. O interesse geralmente surge nas faixas coloridas. Muitos faixas azuis começam como auxiliares em turmas infantis, por exemplo, como foi o caso da Leticia Ribeiro, uma das maiores professoras que a nossa modalidade tem hoje. Por preparação, quero dizer o interesse, a pesquisa, a dedicação e a observação. Se essa é a sua vontade, tenha a consciência que é preciso se inserir nesse meio, mergulhar de cabeça mesmo.
Mas o conhecimento não é importante? Sim, com certeza. Mas ele vem como consequência da sua dedicação e presença. Se seus professores hoje têm na ponta da língua a resposta para qualquer pergunta que você faz, é porque eles estão há tanto tempo nesse universo, já vivenciaram tanta coisa, que o conhecimento cada vez se expande mais. Mas se você acha que nunca vai ter essa característica, não se preocupe, ninguém é como um robô que é obrigado a ter resposta para tudo.
O jiu-jitsu se transforma e se atualiza o tempo inteiro, os professores também têm suas dúvidas e questionamentos, não os subestime por isso. Inclusive, a faixa preta não é o final de tudo, é apenas um recomeço. Não existe um fim no jiu-jitsu, um posto a ser alcançado no qual você “zera” todo o conteúdo ou todas as experiências. Todos os dias há algo novo, inclusive na faixa preta.
O fato de os professores ensinarem, lidarem com uma diversidade enorme de pessoas, já é um ensinamento e tanto. Há espaço para muito amadurecimento uma vez que você vira professor. Não só como um praticante da arte suave dentro do tatame, mas como pessoa fora dele também. Claro que isso vem independente de sermos professores ou não, o jiu-jitsu por si só proporciona muitos benefícios na nossa vida.
No dia de hoje e em todos os outros, o nosso agradecimento para essas pessoas que tanto se dedicam para nossa formação. Formam atletas, transformam a vida das pessoas, inspiram outros a seguir nessa caminhada. Eles que acordam cedo e ficam o dia inteiro em um campeonato gritando por seus alunos. Que dão aulas todos os dias, muitas vezes mais de uma vez ao dia. Que, infelizmente, não são reconhecidos como mereciam.
Mas você pode fazer a sua parte, pode mostrar o seu reconhecimento por todo o esforço que seus professores fazem. Observe e aprenda com eles. Ajude, quando for necessário. Escute sempre. E se essa for também uma vontade sua, pesquise muito, respire jiu-jitsu. Porque se tem uma coisa que ser professor não é, é ser fácil!
Eles plantam uma raiz em cada aluno, uma sementinha do seu legado e conhecimento. É nosso dever fazer com que essa raiz cresça e vire uma árvore bem grande com muitos frutos que podemos colher todos os dias em nossas vidas.
Parabéns a todos!
Clube de Vantagens BGM
Vinicius Martins Osteopatia
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