Em nossas vidas, todo começo vem carregado de grandes expectativas, energia e um forte senso de determinação. Porém, com o passar do tempo, quando deixa de ser novidade, fatalmente caímos na rotina e em alguns casos acabamos sedados pelo sentimento de estagnação.
É como dizem “veja quem está feliz na faculdade e você descobrirá quem está no primeiro semestre” (rs…). Aproveitando esse exemplo, sabe quando você começa a faculdade ou qualquer outro curso? Você começa cheio de sonhos, projetos, meio que envolvidos por uma mágica, mas conforme as atividades se acumulam e nos deparamos com a árdua tarefa de conciliar família, trabalho, estudos e academia, acabamos massacrados por uma rotina que se estende semana após semana.
É nesse momento que os nossos sonhos aparentemente perdem o brilho, as prioridades parecem fora de lugar e começamos a repensar algumas de nossas decisões. Realmente, às vezes tentamos abraçar o mundo e achamos que vamos resolver a vida de todos, mas muitas vezes essa perda do brilho e da vontade é fruto de um desgaste normal que passamos em várias etapas da nossa vida e é exatamente por isso que cabe a nós decidir o que realmente vale a pena.
No jiu-jitsu não é diferente, você se matricula na academia, compra aquele kimono novinho, não perde um treino, começa a evoluir, mas inevitavelmente você acaba invadido por um sentimento de estagnação. Independente de quanto tempo você treina, é comum se sentir desgastado em alguns momentos. Aquele golpe que você aprendeu e era totalmente novo para você não encaixa mais, você sempre acaba preso nos mesmos golpes, é finalizado sempre da mesma forma, ou seja, é uma sequência de tentativas mal sucedidas que inevitavelmente geram cansaço, frustração e estagnação.
O perigo é que se não soubermos lidar com esse sentimento, reagir frente a ele, acabamos nos desgastando e repensando sobre o que era nossa prioridade, aquilo que era realmente importante. Então sabe aquele clichê de que às vezes precisamos ajustar a nossa visão para o ângulo certo? Aqui vão algumas dicas pra ajudar você, que assim como eu, já se sentiu estagnado no jiu-jitsu, na faculdade, no trabalho, na vida:
1 – Respire: Procure se lembrar de todas as vezes que você entrou em estado de choque por alguma situação desagradável (ou não), pelos momentos de crise que você já passou (independente de qual crise seja), pelos picos de estresse… Pois é, geralmente tem alguém que te diz pra respirar fundo, pensar com clareza e reavaliar. Sejamos sinceros, na hora não parece fazer muito sentido e é a última coisa que queremos ouvir, mas é um conselho prático e que funciona. Então da próxima vez, respira fundo rs… A nossa colunista Erika Vilhena abordou de forma aprofundada a questão da respiração no jiu-jitsu aqui.
2 – Estude-se: Pode parecer estranho, mas comece a se estudar… O que faz diferença no seu treino? O que você come que melhora o seu desempenho? Quais os golpes que você não consegue sair? Quais você sai com mais facilidade? Você não gosta de lutar por baixo? Comece a fazer uma autoavaliação e procure formas de se superar. Muitas vezes passamos tempo estudando técnicas, o jogo dos nossos companheiros de equipe e isso é bom, mas talvez a gente precise começar a se estudar um pouco mais.
3 – Treine: Sabe aquela máxima de que o melhor jeito de você melhorar o seu jiu-jitsu é colocar o kimono e ir treinar? Treine! Tem dias que você vai ser raspado, amassado, finalizado, mas o aprendizado só acontece quando você treina e todo treino tem algo para nos ensinar.
Além disso, muitas vezes nos cobramos demais e não percebemos nossa evolução, porém sempre podemos contar com nossos professores e companheiros de tatame para nos mostrar o quanto melhoramos, mas também para nos mostrar o quanto nós podemos e vamos melhorar. E você, já se sentiu estagnado nos tatames? Conta pra gente nos comentários.
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