Aulas de defesa pessoal para mulheres

Basta ligar a TV para nos depararmos diariamente com casos de violência contra a mulher, esta é a realidade no Brasil e no mundo. Segundo um relatório divulgado pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, desde 2012, tem aumentado o número de mulheres que sofreram violência sexual, só em 2015 foram registrados 4.725 casos de estupro, uma média de 13 por dia. Diante disso, é preciso lutar com todas as armas que estiverem ao nosso alcance para combater essa crescente de violência contra as mulheres.

Apesar da tristeza, devemos sempre pensar em soluções para tentar reverter esse quadro, e o jiu jitsu é um esporte muito conhecido no que se refere à defesa pessoal. Pensando nisso surgiu a seguinte questão: deveriam as mulheres ter aulas de defesa pessoal além das aulas regulares de jiu jitsu?

Estarem treinadas e devidamente instruídas quanto à defesa pessoal numa aula estritamente feminina poderia ser melhor o caminho para as mulheres dentro do esporte; por outro lado, as aulas, após alguns meses se tornariam repetitivas e desmotivantes, pois, sem os rolas que são a melhor prática que podemos ter, as aulas seriam apenas compostas de drills, pré ensinados pelo Mestre e repetido pelas alunas diversas vezes.

Pensando sobre os prós e os contras dessa proposta, cheguei à conclusão de que a inserção de um diálogo aberto sobre as possibilidades de ataque seria a melhor saída, já que as aulas regulares de jiu jitsu contém em si muita técnica que propicia a defesa pessoal e a imobilização. Talvez possa ser acrescido às aulas um momento específico em que o Mestre toque no assunto e mostre que tal posição pode ser usada em caso de um ataque partindo de determinada situação na vida real.

O jiu jitsu em sua essência nos ensina os mais diversos caminhos de defesa pessoal, e é extremamente importante que mulheres façam treinos com homens que sejam mais pesados para que, assim, elas saibam que estão preparadas para se defender caso venham a precisar.

Acredito que existam academias onde os Mestres dialogam com suas alunas sobre tais situações, na sua academia é assim? Você, leitora, acredita que esse diálogo traria benefícios no que diz respeito à sua autoconfiança caso precise se defender?

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