
O BJJ Girls Mag completa 10 anos! Conheça a trajetória do primeiro portal dedicado ao jiu-jitsu feminino no Brasil desde suas origens em 2014 até o time atual, que segue inspirando e fortalecendo mulheres no tatame.
São dez anos celebrando conquistas, parcerias e um propósito que segue firme: mostrar que o tatame também é delas.
Mas antes de se tornar referência nacional no jiu-jitsu feminino, a história do portal começou de forma simples… e muito autêntica.
BJJ Girls 10 anos: As primeiras conexões
Tudo começou em 2014, quando Samanta, fundadora do BJJ Girls Mag, entrou em um grupo de WhatsApp do perfil Guerreiras BJJ, no Instagram.
Naquela época, o jiu-jitsu feminino ainda era pouco representado nas redes sociais, e aquele grupo foi o primeiro espaço onde ela pôde se conectar com outras mulheres do esporte em todo o Brasil.
Foi ali que Samanta conheceu Pâmela e Jéssica, duas praticantes que viriam a fazer parte dessa trajetória.
A Pâmela, inclusive, criou o projeto Sinistras BJJ e convidou Samanta para colaborar. Essa foi uma das primeiras experiências dela com redes sociais e produção de conteúdo — ainda nos tempos em que o Instagram “era tudo mato”.
Com curiosidade e vontade de aprender, Samanta começou a se aprofundar no universo das hashtags, engajamento e estratégias digitais… sem imaginar que, anos depois, tudo isso se transformaria em um projeto pioneiro.
A ideia que virou portal
Com experiência em redação, sites e WordPress, Samanta começou a sentir falta de um espaço voltado exclusivamente para o jiu-jitsu feminino.
Na época, ela se inspirava em portais como o BJJ Mag, de Anderson Melo, e o SheRolls.com, um site internacional que reunia mulheres do jiu-jitsu (e que hoje não existe mais).
A partir daí, nasceu a ideia do BJJ Girls Mag: o primeiro portal dedicado exclusivamente ao jiu-jitsu feminino no Brasil.
Com o apoio de amigos como Anderson Melo e Rodrigo, o projeto ganhou forma e propósito: dar voz e visibilidade às atletas, mostrando que o tatame é um espaço para todos E TODAS.
Uma das primeiras matérias publicadas foi sobre a Nika Schwinden, ainda faixa marrom na época.
A partir daí, o portal começou a cobrir campeonatos, entrevistas e histórias inspiradoras de mulheres que estavam abrindo caminho dentro do esporte.
A fase colaborativa
Após o lançamento, veio uma nova etapa: abrir espaço para mais vozes femininas dentro do jiu-jitsu.
Na época, Samanta era redatora voluntária no site Ideia de Marketing e admirava o modelo colaborativo que o projeto utilizava.
Inspirada por isso, ela decidiu implementar o mesmo formato no BJJ Girls Mag: convidar pessoas do meio para escrever, compartilhar experiências e fortalecer o movimento feminino no tatame.
No final de cada mês, os textos mais lidos recebiam recompensas de patrocinadores, como camisetas, patches e brindes, como uma forma carinhosa de reconhecer quem ajudava a construir o projeto.
A primeira geração de redatores foi inesquecível: Erika, Fernanda, David, Pamella, Sarah, Priscila e Fabiana.
Pouco depois chegaram Mayara e, em 2016, Carol, que se tornariam figuras fundamentais para a expansão do portal.

Uma nova fase: união e expansão
A May, que na época também escrevia para o portal ESPNW, se envolveu profundamente com o projeto e acabou se tornando sócia de Samanta.
Juntas, começaram a expandir o site e as redes sociais, fortalecendo ainda mais a presença feminina dentro do jiu-jitsu.
Logo depois, a Carol mergulhou de cabeça no BJJ Girls Mag, e o trio formou o time de gestão que conduziu o projeto por alguns dos seus anos mais marcantes.
Pouco antes da pandemia, a Carol passou a produzir conteúdos educativos, reflexivos e inspiradores, além de vídeos para o YouTube que ajudaram muitas mulheres a se encontrarem no jiu-jitsu, dentro e fora do tatame.
Pioneirismo e propósito
Durante esse período, o portal lançou a mentoria “Passando o Carro no Conteúdo” e o primeiro e-book de marketing digital voltado para atletas de jiu-jitsu.
Esses projetos marcaram o início de uma fase pioneira: o BJJ Girls Mag foi o primeiro a unir jiu-jitsu e marketing digital no Brasil, inspirando diversas outras iniciativas semelhantes nos anos seguintes.
Além disso, o grupo promoveu eventos, encontros e campanhas sociais, sempre com o propósito de conectar mulheres, dar visibilidade a causas importantes e fortalecer a presença feminina no esporte.
Com o tempo, a Carol iniciou uma nova jornada acadêmica na área de Educação Física e encerrou seu ciclo dentro do portal, mas deixou uma contribuição profunda e inesquecível.
Evoluir também é parte da luta
O BJJ Girls Mag cresceu, evoluiu e amadureceu, assim como as pessoas que o construíram.
Depois de anos de parceria, o time original de gestoras seguiu novos caminhos, mas o propósito permaneceu o mesmo: inspirar, informar e empoderar mulheres através do jiu-jitsu.

Hoje, o portal segue firme com Samanta, Jéssica (do projeto Jiu-Jitsu para Mulheres, que atua na parte de mídia) e Marcela, faixa roxa e redatora do Rio Grande do Sul, que também é facilitadora do Conexão BJJ Girls.
Dez anos depois, o BJJ Girls Mag continua sendo muito mais que um portal: é uma comunidade, um espaço de troca, acolhimento e força.
E se depender de quem constrói essa história, essa luta ainda tem muitos capítulos pela frente. 🖤