O Jiu-jitsu e o empoderamento feminino

Nunca se discutiu tanto sobre a participação das mulheres na sociedade e nunca tivemos tanto acesso a informações que nos ajudam na garantia do exercício pleno de nossos direitos.

Vivemos tempos de empoderamento e cada vez mais mulheres vão à luta pela tão sonhada equidade de gênero.

Numa sociedade, infelizmente machista, onde somos consideradas muito frágeis, sendo isso um fator determinante de nossa feminilidade (pasmem!), o esporte perde lugar em nossas prioridades desde muito cedo, ainda na adolescência. Passamos a ter vergonha do nosso corpo, vergonha de suar e de nos movimentar com liberdade. Aos poucos somos ensinadas a obedecer um padrão imposto pela sociedade onde os homens praticam esporte por prazer e lazer, enquanto a relação mulher X esporte se restringe à atividades realizadas na academia de ginástica e, na maioria das vezes, para fins meramente estéticos.

Cabe lembrar também que o conceito de instinto competitivo é puramente cultural. Competitividade, força, determinação e busca pela superação de limites (qualidades essenciais aos atletas) são tidas como características masculinas, e mulheres com características masculinas não são bem vistas, bem como homens com características femininas.

O jiu-jitsu é um esporte completo e possui inúmeros benefícios, e entre eles estão a melhora do condicionamento cardiovascular e respiratório, o aumento da flexibilidade, coordenação motora e reflexos, além de agregar técnicas de defesa pessoal, onde se permite o uso do peso e força do adversário contra ele mesmo. Além do mais, ajuda no controle emocional, aumento da autoestima e é um esporte que promove a interação e a competitividade, fazendo com que seus adeptos se envolvam no jogo, no desafio de se superar e no coletivo.

Tudo isso o torna a melhor opção na conquista da autonomia e do prazer pelo esporte na sua relação com as mulheres, tirando o foco da eterna busca pelo corpo perfeito, fazendo com que ele seja a melhor pedida quando se trata de empoderamento feminino.

Sim, o machismo deteriorou a relação feminina com o esporte e as campanhas publicitárias eternizam isso com seus comerciais, insinuando que as mulheres devem deixar a preguiça de lado e correr atrás de bumbuns empinados, mas o jiu-jitsu está aí para mostrar que é possível aliar o prazer da prática esportiva e a qualidade de vida aos moldes femininos, “fabricando” guerreiras que se destacam cada vez mais no meio. Mulheres com a autoestima elevada, controle emocional, dominância em técnicas de autodefesa e, consequentemente, de bem com o espelho, que estão, sem dúvida, no caminho correto para o empoderamento.

Graças à sua popularização, hoje temos grandes exemplos de adeptas ao esporte, se fazendo incentivo e mostrando que somos tão capazes quanto qualquer homem. Atletas que driblam preconceitos e suam no tatame, provando que força, garra e determinação são qualidades femininas e que não somos obrigadas a seguir nenhum padrão social.

É o jiu-jitsu mudando rumos e libertando mulheres das pressões sociais.

“Ao movimentarmos nosso corpo, fazemos as pazes com ele.
Ao superarmos nossos limites, fortalecemos nossa autonomia.
Ao entrarmos no jogo, nos encontramos como irmãs.”

Thinkolga.com

Oss!

Texto: Wanessa Eliodoro

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