Ser professor de jiu-jitsu fora do Brasil – parte I

Esta é uma questão pertinente, afinal, quase todos os praticantes apaixonados pela arte suave já pensaram em um dia poder viver dela. Mas como viver de jiu-jitsu no Brasil é para poucos, a esperança ainda pode ser mantida se olharmos como está essa possibilidade fora do Brasil.

Nesta série de dois artigos vou mostrar alguns caminhos possíveis para quem tem esse desejo, começando com os Emirados Árabes Unidos (EAU) e a Austrália.

Emirados Árabes

Nos EAU o jiu-jitsu é obrigatório nas escolas públicas e nas bases militares. Nas escolas são admitidos coaches homens e mulheres a partir da faixa roxa. As mulheres dão aula para as meninas e os homens para os meninos. Nas bases militares só são admitidos coaches do sexo masculino e faixas pretas.

O candidato a coach precisa estar com o inglês num nível que possibilite passar na entrevista, dar aulas e se comunicar no dia a dia, pois além do árabe quase toda a população do país fala inglês.

O candidato precisa estar no país para se submeter às entrevistas (em inglês) e testes de conhecimento da luta, principalmente a parte de defesa pessoal para os militares. O melhor período para estar nos Emirados para concorrer às vagas é no pós-temporada de férias, ou seja, no final dos meses de agosto e dezembro.

Se o candidato for aprovado, a Palms Sports (empresa gestora do programa de jiu-jitsu nos Emirados) emite o visto de trabalho. Os benefícios para o coach abrangem salário, auxílio moradia e plano de saúde.

Importante frisar que nos Emirados o custo de vida é muito alto. O salário que a Palms paga atualmente é viável apenas para uma pessoa ou, no máximo um casal. Se ambos forem do jiu-jitsu com graduação a partir da roxa há grande probabilidade de ambos serem contratados. A escolaridade mínima exigida é relativa, mas ter nível superior é um diferencial.

Austrália

Outra possibilidade é a Austrália. A alternativa mais interessante parte da Gracie Barra Sydney (GB Sydney). Por meio de uma parceria com uma universidade local (CSF College), permite que o candidato (iniciante no jiu-jitsu ou não), faça um investimento financeiro que o qualificará a entrar no país com um visto de estudante de Educação Física visando a formação de professor de jiu-jitsu.

Depois de formado o candidato pode trabalhar no país sob a tutela da GB Sydney em uma das suas filiais.

O investimento e o tempo do curso variam de acordo com as possibilidades do candidato. É preciso ser maior de 18 anos, ter no mínimo o ensino médio, estar sem pendências com a justiça brasileira e fazer alguns testes para ser aprovado no programa, inclusive de nivelamento de inglês. Para mais informações clique aqui ou mande e-mail para a education.oceania@graciebarra.com.

Lembrando que em qualquer caso você vai precisar de um passaporte válido e com prazo de validade de até seis meses anteriores à viagem.

Por hoje é só. Aguarde o próximo artigo desta série.

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