Você começou a treinar jiu-jitsu agora e está sofrendo com as dores, hematomas e calos que estão surgindo? Acostume-se.

Confesso que comecei a escrever este texto pensando em consolar os novos integrantes da família jiu-jitsu dizendo que tudo melhora com o tempo, mas agora começo a pensar que esses detalhes ainda fazem parte da minha vida, o que mudou foi o aumento do amor ao jiu-jitsu transformando tudo isso em apenas pequenos detalhes da rotina. É aquele famoso ditado: são ossos do ofício!

Sobre as dores, na minha opinião, treino bom é aquele que você sente no outro dia, seja da arte suave, da musculação ou de qualquer outro esporte. A dor é comum e está geralmente associada a um esforço físico maior do que seu corpo está acostumado. Sobre ela, a notícia é que estará com você em toda sua caminhada e sinceramente, não sei se elas tendem a diminuir ou nós que nos acostumamos ao ponto de sentir falta quando estamos parados.

A história com os hematomas que surgem sem sabermos de onde vem, não é diferente. Geralmente um hematoma é resultado de alguma finalização, estrangulamento, pancada etc, e são fatores que auxiliam na nossa evolução como atleta. Se você ainda é um faixa branca e nunca foi finalizado, ative seu estado de alerta porque alguém está “te dando um boi” enorme. Posso dizer que uma finalização é legal? Claro que não é! A sensação é de não conseguir ao menos defender um golpe, mas como é que nós vamos aprender a aplicar e sair dessas situações se isso não acontecer com a gente?

Preciso contar aqui que no meu primeiro campeonato eu fui finalizada num triângulo. Uma das primeiras coisas que aprendemos a fazer no jiu-jitsu e eu vou para o campeonato e perco dessa forma. Saí do ginásio me sentindo a pior pessoa do mundo. Mas quando voltei para academia, eu tinha uma lição de casa a fazer, porque o triângulo não poderia mais ser um problema para mim.

Inclusive, aproveito para dizer que o triângulo é um dos golpes que resulta na linda e famosa marca registrada dos lutadores de jiu-jitsu: a orelha de couve-flor.  Assim como os hematomas, a orelha estourada aparece de formas diferentes em cada pessoa. Tenho amigos que ficam roxo com mais facilidade e por muito mais tempo do que outros. A orelha estoura por conta de uma lesão na cartilagem e, como temos vários tipos de orelhas diferentes espalhadas por aí, algumas delas podem ser mais ou menos frágeis à isso. Esse é um mal que você pode evitar usando protetores nos treinos.

Agora o que mais me fez sofrer no começo, foram os dedos. Até hoje eu sinto bastante dor, tanto nas pontas, quanto no comprimento, principalmente nas juntas (às vezes até acho que estou ficando velha rsrs). Eu não era muito fã do esparadrapo, então deixei que ficassem calejados mesmo e hoje não tenho mais tantos problemas com feridas, mas para não ficar muito feio eu tenho muito cuidado e hidrato bem os dedos depois dos treinos.

Para quem não vive o jiu-jitsu, tudo isso pode parecer muito estranho e até mesmo extremo, mas para mim, não há problema nenhum em usar um Band-id nos dedos ou uma maquiagem nos hematomas de vez em quando. Minhas marcas representam todo tempo e esforço investido para alcançar determinado objetivo.

Como já dissemos em um texto aqui: a dor é passageira, a glória é para sempre.

Oss.

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