O Brasil irá sediar a primeira olimpíada da América do Sul este ano. 10.500 atletas de 206 nações disputarão os jogos no Rio a partir do dia 5 de Agosto, com previsão de encerramento no dia 21 do mesmo mês.
O evento organizado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), que é uma instituição privada criada em 23 de Junho de 1894, por Pierre de Coubertin, visa relembrar as disputas da Grécia antiga, ocorrendo assim de quatro e quatro anos.
Muitos comemoraram a chegada do megaevento esportivo em nosso país, tendo seus apoiadores o discurso do legado que este deixará em nossa nação (estruturas olímpicas, transporte, turismo). Movimentos contrários, alertam que olhando nossa realidade cotidiana, não seria necessário um investimento de dinheiro público (28,8 bi. Inicial e 38,26bi. Gasto total), e que seria mais interessante que estas quantias fossem destinadas a outros fins, como saúde e educação. Sem falar que várias famílias foram removidas, numa espécie de “limpeza” urbana (entre 2009 e 2013 foram 20.299 famílias).
Existem alguns critérios e normas para que um esporte seja incorporado pelo COI, como ser praticado em 75 países por homens e no mínimo em quatro continentes. Já no caso das mulheres, se praticado em 40 países no mínimo ou três continentes. Mesmo atendendo estes requisitos básicos, a quantidade de esportes é controlada, entendendo que quanto maior a quantidade de esportes, o número de atletas competidores também aumenta. O comitê também instituiu que, para que um novo esporte seja incorporado, outro deve sair.
Muitos praticantes de Jiu-jitsu e entusiastas da arte suave brasileira desejam que seja incluído rapidamente a modalidade nos quadros do COI, porém, em uma breve observação nos critérios de aceitação da instituição, não fechamos algumas solicitações da entidade.
Para que o esporte consiga esse reconhecimento, a sua Federação Internacional deve existir a dois anos no mínimo, além de ter que provar para o Movimento Olímpico que o esporte possui um caráter olímpico e um estatuto.
A partir desta solicitação já observamos o primeiro problema, uma vez que temos uma quantidade de federações de Jiu-jitsu considerável. Hoje temos:
CBJJ (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu), presidida pelo Mestre Carlinhos Gracie
CBJJE (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo), presidida pelo Moisés Muradi
CBJJO (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Olímpico), presidida pelo Gran Mestre Walter Nogueira.
CJJB (Confederação de Jiu-jitsu do Brasil), Presidida pelo Professor Humberto Tavares.
Outro ponto que não podemos esquecer é que, em se tratando de uma instituição privada (COI), há um interesse em se arrecadar cifras através de sua transmissão e divulgação. Emissoras do mundo todo compram direitos de transmissão do evento.
Ao contrário do Judô, onde os leigos podem diferenciar a importância da queda perfeita para se vencer, o jiu-jitsu precisaria se fazer entender todo seu sistema de pontuação.
Não podemos esquecer da profissionalização dos atletas, que sabemos ser muito difícil, devido ao problema anterior. Quanto mais abraçado pela mídia a atividade esportiva, vai se tornando moeda de interesse dos investidores.
Por fim, temos a lista dos esportes que aguardam sua inclusão nos próximos jogos.
Esportes reconhecidos pelo movimento olímpico:
Referências:
http://mmapremium.com.br/42191/jiu-jitsu-por-que-e-tao-dificil-se-tornar-um-esporte-olimpico/
http://www.dsc.ufcg.edu.br/~pet/jornal/agosto2008/materias/esportes.html
http://otempo.com.br/cmlink/o-tempinho/curiosidades/o-que-faz-um-esporte-ser-ol%C3%ADmpico-1.984273
http://www.suapesquisa.com/olimpiadas2016/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comit%C3%A9_Ol%C3%ADmpico_Internacional
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/06/20/politica/1434753946_363539.html
