Entrevista exclusiva com Dani Bolina

Fala, galera! A entrevista de hoje é com a ex-panicat Dani Bolina, faixa branca da NS Brotherhood. Dani conta pra gente hoje como começou no esporte, porque começou, como se apaixonou e fala também sobre uma nova etapa no esporte, os campeonatos. Boa leitura!

Dani começou a treinar há mais ou menos um ano e meio. Já treinava muay thai, e sempre acompanhava o começo ou o fim do treino de jiu-jitsu, pois eram os horários que ela tinha disponíveis. Seu professor de muay thai era o mesmo que dava os treinos de jiu jitsu, e ele sempre a convidava dizendo que ela levava jeito, porque não tinha “frescura”. Ela diz que foi resistente por um tempo mas acabou cedendo e fez uma aula particular, que achou bem interessante e começou a fazer por estética, pois suava bastante e começou a emagrecer: “E veja só, agora aqui estou prestes a iniciar outra etapa do mundo do Jiu, partiu meu primeiro campeonato!”

Sobre as mudanças que o esporte lhe trouxe, além do “amor de sua vida” (Bolina namora o multicampeão Leandro Lo), ela diz que o jiu jitsu lhe deu passividade, persistência, garra, além de muitas dores e roxos pelo corpo inteiro.

“O jiu jitsu me mostra uma outra maneira de viver e apesar de não parecer, de uma hora para outra resolvi ser atleta e vejo o esporte como um divisor de águas em minha vida, tenho muito mais paciência, sou mais positiva, tenho mais vontade de fazer as coisas, aprendi a lidar melhor com as pessoas na vida, fora a estética que mudou muito.”

Quanto à sua rotina de treinos, ela treina todos os dias na semana, e se der, treina aos fins de semana também (!!!), mas agora diz que vai começar a intercalar com a musculação, pois os dois no mesmo dia seu corpo não aguenta. “Fiquei muito doente esse mês por isso”.

Dani Bolina e Leandro Lo
Dani Bolina e seu namorado, Leandro Lo
Reprodução: Instagram

Em relação à sua alimentação, ela diz comer de tudo: “graças a Deus, porque uma das melhores coisas da vida é comer!”. No geral, come coisas saudáveis, porém quando quer comer alguma besteira, não pensa duas vezes, porque como treina muito forte, pelo menos pra ela é bom porque todas as suas parceiras de treino são mais graduadas e maiores que ela, e se ficar sem comer, acabaria ficando sem força.  Mas diz que ama comer salada, legumes, pois tudo isso faz parte da sua rotina desde pequena.

Sobre a reação das pessoas quando ela fala que treina jiu-jitsu, ela diz que elas ficam um pouco assustadas quando ela fala que treina, pois ainda pensam que não se trata de um esporte para mulher.

“Machuca, vivo com hematomas pelo corpo, mas as pessoas que me conhecem sabem que eu sempre fui porra louca, bruta e adoro novos desafios. Sempre gostei de esportes, principalmente os de contato físico e esportes radicais. “

Perguntamos a ela se ela se sente pressionada por ser famosa e namorada de um dos maiores ícones do jiu-jitsu, e ela diz que não, pois a pior crítica é dela mesma, pois se cobra demais e é extremamente competitiva: “ainda sou faixa branca e estou aprendendo, o Leandro tem me ajudado muito, mas às vezes tomo uns esporros dele kkkkk”.

Ela diz que sempre falou que não entraria no jiu-jitsu para competir, pois sempre foi muito crítica e competitiva, e ouviu por diversas vezes de atletas que não iria conseguir, que não aguentaria, pois já estava vivendo o jiu-jitsu e competir seria o próximo passo. “Então um dia, estava deitada no tatame da academia com a Bruninha e a Nakamura, quando elas perguntaram: “Dani, você vai para o mundial?” Eu disse que sim, que ia com o Leandro. E então elas disseram: “Por que você não compete? Já vai estar lá, tem passagem, hospedagem, porque não? Já foi para o Pan e não competiu também…” E então pensei: é verdade! Já vou estar lá, me filiei e me inscrevi no meu primeiro campeonato, o Mundial 2017. “

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Dani diz que treinou feito uma maluca todos os dias que conseguiu, ficou doente, teve dores, se “quebrou inteira”, e foi para a Califórnia rumo ao seu primeiro campeonato. Ela lutou anteontem, fez 3 lutas, onde, na minha opinião se saiu bem, defendeu a guarda das adversárias, manteve bem a postura, ganhou as duas primeiras na decisão dos juízes, e foi parada na terceira luta, levando um bote muito justo de um armlock.  

Bolina tinha em sua torcida ninguém menos que, obviamente, seu namorado Leandro Lo, e mais um time de estrelas como Mackenzie, Bia Mesquita, Letícia Ribeiro, Nathiely, além de toda a galera da Brotherhood, onde todos gritavam, davam dicas, e comemoravam suas vitórias. Ela não pegou pódio pois sua categoria tinham 25 meninas, mas tenho certeza que para chegar ao primeiro lugar é questão de tempo, afinal, condições para isso ela tem, e está num ótimo time com pessoas muito boas, de coração e de jiu-jitsu. 

Sobre as dicas que ela dá para quem tem dúvidas se começa ou não,  ela diz o seguinte:

“Acho legal as pessoas experimentarem, principalmente as meninas. É um esporte maravilhoso, desafiador, entrei por estética e estou aqui quase virando uma atleta kkkk brincadeira, eu amo treinar, amo a energia dessa arte, vale muito a pena descobrir”

Está na dúvida ainda se começa no esporte? Fica a dica da Bolina pra hoje, que começou por hobby e essa semana já lutou seu primeiro Mundial IBJJF. Deixe o jiu-jitsu entrar na sua vida, tenho certeza que não vai se arrepender. Dani, muito obrigada pela sua contribuição, a equipe Bjj Girls Mag deseja à você muito sucesso e força de vontade para chegar na faixa preta e em muitos pódios. ????

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