Você conhece a claustrofobia do jiu-jitsu?

O medo e a fobia fazem parte da evolução da humanidade. O primeiro sucinta o instinto de sobrevivência que é ativado de maneira involuntária e tem a função de acionar mecanismos de proteção. A segunda é o exagero, o medo mórbido ou aversão a determinadas coisas ou situações, como a claustrofobia, que é o medo exagerado de permanecer em locais fechados.

A claustrofobia do jiu-jistu não é um tema de debate comum nas academias, muito pelo contrário. A maioria sequer conhece este termo e, por conta do desconhecimento, o aluno que passa pela situação tende a ser tratado até de maneira constrangedora.

Rickson Gracie tem uma história bastante interessante sobre a claustrofobia do jiu-jitsu. A sua narrativa se refere a uma reação inesperada que ele teve quando recebeu uma gravata técnica de um faixa azul muito forte quando era mais novo. A impossibilidade de sair da situação o fez entrar em pânico e isso bloqueou qualquer possibilidade de achar uma solução para escapar da posição adversa e ainda provocou um cansaço acima do normal. Para fugir do desespero ele pediu para parar a luta e começou a chorar.

Algumas pessoas conseguem trabalhar para lidar com situações deste porte. No caso do Gracie, ele pediu ao irmão que o enrolasse num tapete e o deixasse lá por dez minutos até que fosse capaz de controlar o pânico. Ele repetiu a “sessão” por algum tempo até superar a fobia. O resto dessa história nós sabemos bem, já que Rickson se tornou um dos maiores lutadores da história do jiu-jitsu mundial.

Mas nem todos têm a capacidade de perceber e muito menos lidar com a claustrofobia do jiu-jitsu e não é raro ver alunos desesperados quando levam um “abafa” ou quando batem antes mesmo do estrangulamento estar justo. Isso tudo é resultado do cérebro cumprindo a função de informar que aquelas situações podem ser fatais e, portanto, a reação deve ser imediata (fugir).

Apesar do desconhecimento da maioria é importante que se comece a perceber os sinais para saber se você tem o problema, principalmente para os iniciantes. Faça as seguintes perguntas para si mesmo:

  • Tem falta de ar ou não consegue controlar a respiração quando está sob pressão, mesmo sem ter um golpe (principalmente estrangulamentos) encaixado?

  • Sente um medo excessivo de ficar por baixo e se perde em posições de “abafa”?

  • Seu peito dói quando força a respiração nas tentativas de fuga ao ponto de pedir pra parar a luta?

  • Já teve a sensação de que você não está evoluindo porque odeia fazer certas posições, principalmente as que requerem muito controle da respiração?

  • Você já parou de treinar por causa da fobia e inventou uma história para justificar a desistência?

Este é um tema bastante complexo e as poucas linhas aqui disponíveis para destrinchá-lo não seriam suficientes. Mas, se você disse sim para mais de uma das questões acima, é hora de começar a trabalhar na superação da claustrofobia do jiu-jitsu. Converse honestamente com o seu professor e seus amigos de treino sobre o que você sente quando está em situações descritas acima. Busque ajuda de especialistas se for preciso. Trabalhe duro na correção da sua respiração, pois ela é mais importante do que você imagina.

Leia também (referência): Claustrofobia do BJJ: o “assassino” silencioso no treinamento de jiu-jitsu (texto em inglês)



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