Texto de Taline Coradini
Às vezes as pessoas me questionam sobre qual a graça de treinar jiu-jitsu. Bem, primeiramente vem em mente tudo que eu sinto, todo aquele turbilhão de sentimentos a cada treino e penso que não há como explicar tudo isso para alguém que nunca teve essa experiência.
Só quem já treinou jiu-jitsu entende: cada treino, cada posição treinada tantas vezes, a cada rola, nos dias bons e nos dias ruins, em um dia o sentimento de eficiência e no outro dia o sentimento de incapacidade. Tem aquele dia em que finalmente você consegue encaixar uma posição treinada e minha nossa! Que alegria! Que satisfação!
São inúmeras as situações que passamos e por vezes, temos muita vontade de desistir. Todos, em algum momento na trajetória no jiu-jitsu, passam por isso. É nessas horas que se distingue aqueles que de fato amam essa arte. Pois desistir até passa pela cabeça, mas sabe-se que viver sem, seria impossível.
São muitas as desistências no jiu jitsu, mais ainda na faixa branca ou azul, são muitas as pessoas que não aguentam a intensidade desse esporte e o tanto que ele mexe com o ego.
Sim, pois esse com certeza esse é um esporte que mexe muito com a cabeça do atleta. Afinal, tudo depende de si mesmo, nas vitórias ou derrotas, a glória ou a culpa, dependem muito da própria pessoa. Admitir para nós mesmos certas situações, requer muita maturidade. Muitas pessoas não estão preparadas. Esse é um desafio particular.
Então, esteja onde estiver, saiba que se você nunca desistiu, você é um(a) grande guerreiro(a). Se em todos os treinos você está lá, pronto para aprender, dividir e crescer, não importa o quão demorado seja, o que importa é que você está no caminho. Dúvidas, medos e angústias, todos tem, a todo momento. Você tem que aprender a ignorar essas inseguranças, ser mais forte do que as desculpas, colocar a armadura e ir treinar.
Pois você sabe, que lá no tatame irá encontrar a força e a paz que precisa. Sempre. Oss!
