Jiu-jitsu: quando a família diz não

Para nossa alegria, o jiu-jitsu está cada vez mais difundido e presente em nosso meio, nas academias, nas escolas, tem treino na rua, no parque, tem treinão feminino sendo programação de sábado, mas ainda assim existem pessoas que não conhecem ou não confiam, na seriedade da arte suave. E por trás dessas pessoas, existem outras pessoas que talvez gostariam de estar treinando, mas não podem. Existem famílias, que são contra os filhos praticarem jiu-jitsu. E isso é pura desinformação, e nos mostra o quanto ainda temos que nos preocupar com a imagem que passamos para as pessoas que nos têm como referência desse esporte, e o quanto ainda podemos, e devemos contribuir para o jiu-jitsu no Brasil.

Ninguém é obrigado a gostar do mesmo esporte, mas até para não gostar de algo é preciso previamente conhecê-lo

É comum as pessoas geralmente, julgarem os esportes pelo que elas vêem na televisão, e pelo o que escutam das pessoas mais próximas, e no jiu-jitsu não é diferente, e imagem que algumas pessoas ainda tem do jiu-jitsu é de um esporte violento (principalmente as pessoas mais velhas, mas não apenas elas), altamente lesivo, e que afeta o caráter e a personalidade de quem o pratica. E isso não é verdade, crianças e adultos que praticam a arte suave, estão acostumados a uma disciplina rígida, que inclui respeito a si e ao próximo, no tatame e em casa, o que é de extrema importância, principalmente para as crianças. Aprendemos a perder, e também a ganhar e a não diminuir o próximo por isso. Aprendemos a pensar antes de agir, aprendemos a ter paciência com nossas dificuldades e nossos defeitos, e automaticamente transferimos esses aprendizados para todas as áreas da nossa vida.
Sabemos que ainda vai levar algum tempo até que a grande maioria das pessoas saiba de toda a preparação que existe por trás de cada luta que passa na Televisão, todo respeito e disciplina por trás de cada sorriso e de cada lágrima. Saber que o jiu-jitsu ensina a defesa pessoal e não incentiva brigas, como muitos pensam, é uma questão de tempo, sim. Porém durante muito tempo essa foi a impressão que os praticantes da arte suave passaram para os não praticantes, por isso há ainda muito receio por parte da população e ainda levará tempo para mudarmos isso. Precisamos começar agora!
Que o jiu-jitsu não é um “agarra agarra sem fim”, nós sabemos, mas muitas pessoas ainda conhecem essa realidade e continuam reafirmando clichês, então cabe a nós, fazermos a boa divulgação diariamente, tendo bons atos dentro e fora do tatame, respeitando as pessoas, seus gostos e diferenças, sendo solidário com os novos adeptos que chegarem na sua equipe.
Nosso esporte evolui todos os dias e, assim, teremos novos competidores, novos campeões, e também novas referências que contribuem para a boa imagem da esporte, mas temos que nos atentar para os exemplos negativos escondidos em meio a tantas pessoas, e é claro que eles existem em qualquer lugar.
Sabemos o quanto é importante o crescimento do jiu-jitsu no mundo, e é quase certo que, para isso acontecer, é preciso  ter cada vez mais crianças (ou mesmo famílias inteiras) treinando, e cada vez mais pessoas se dedicando, se informando, e divulgando positivamente o jiu-jitsu, seja nas redes sociais ou com pessoas do seu convívio. É em em prol dessas pessoas também que escrevemos textos informativos, crônicas e artigos sobre o jiu-jitsu, para que cada vez mais pessoas conheçam o esporte que amamos, e seus inúmeros benefícios no corpo e na alma.
E se você tem alguém que deveria conhecer melhor a arte suave, separamos alguns links pra te ajudar a propagar os benefícios do jiu-jitsu por aí. Espero que gostem. Até mais.
  1. Obrigada, mulheres! – Como a união entre mulheres no jiu-jitsu pode ser um exemplo de sororidade
  2. Dicas para começar a treinar
  3. Como (re) começar a treinar
  4. Histórias de superação da depressão
  5. Solidariedade e comportamento social – Temos inúmeros casos de projetos sociais que vêm, através do jiu-jitsu mudando a história de pessoas carentes.
  6. Por que precisamos falar sobre as pessoas trans. – Importante ferramenta no combate ao preconceito.
Osss.

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