Jovem é agredida por faixa preta de Jiu Jitsu em bar no Belém do Pará

Saiu ontem uma matéria no Diário Online, site de mídias do Belém (Pará), com o relato de Myriam Ruth, estudante de Medicina. Myriam foi agredida um bar no último dia 10 (domingo), em área nobre da cidade.

“Fui vítima de assédio e agredida a socos e pontapés. Estou despedaçada. Despedaçada física e emocionalmente, mas não vou me calar.”

O agressor aparece em suas redes sociais com sua faixa preta amarrada na cintura, posando com medalhas e tudo o mais. É uma vergonha para o esporte alguém que, mais do que agredir um ser humano, agredir uma mulher indefesa que não correspondeu às suas investidas.  Segundo a matéria do Diário Online, Myriam contou que a confusão teve início quando estava em uma mesa com cinco amigas, e o que era para ser uma noite de diversão, se tornou uma noite de horror. O agressor se aproximou da mesa e colocou seu balde de bebidas sem que as meninas deixassem.

Myriam chamou o segurança, que não fez nada, e depois chamou a segurança mulher – eles se retiraram, mas logo depois voltaram, ignorando as ordens da segurança do bar. “Ele ficou tão próximo de mim e eu pedi para se afastar. Nisso, ele foi e passou a mão em mim e eu disse para ele não tocar. Foi quando ele me deu um soco e eu caí no chão, chegando bater a cabeça na mesa. Ele continuou as agressões, me dando chutes. Minha amiga tentou impedir e também foi agredida. Ele ainda me ameaçou de morte”.

O que mais revolta Myriam e a família é saber que a Polícia Militar alega não poder fazer nada por ter sido um flagrante, e mesmo com testemunhas confirmando a agressão, o acusado fugiu do local com os amigos. Covardia resume, ele sabe bater em mulheres, mas na hora que sabe que pode complicar, foge, simplesmente. Não bastando a postura da Polícia em não poder fazer nada a respeito, ao buscar ajuda na Delegacia da Mulher, contou:

“A delegada sequer me ouviu e se negou a gerar boletim de ocorrência por não ser um crime de violência doméstica, o que todos sabemos, se considera omissão de socorro. A delegada ainda mandou eu ir para casa e tomar um banho. Onde estão as leis do nosso país que deveriam nos proteger?”.

Somente na terça feira (12) Myriam conseguiu registrar um boletim de ocorrência.

É essa a postura de um faixa preta? Faixa preta é responsabilidade, respeito, ética. Cadê os valores de disciplina? Será que este agressor age dessa forma em sua academia? É triste ver a ignorância de um faixa preta, alguém a quem devíamos admirar, agir assim. E casos como esses acontecem todos os dias por aí, mulheres são agredidas, assediadas, molestadas. E nem a própria Delegacia da Mulher pode fazer nada. É revoltante, gritante, ridícula essa nossa justiça, nossa lei, nosso Brasil.

Segue repercussão nas redes sociais:

A mãe de Myriam fez uma publicação com as fotos de sua filha, afim de comover amigos e conhecidos. Os compartilhamentos ultrapassaram os 3 mil. Confira: https://www.facebook.com/juciane.neri/posts/1101933199859257

myriam

Fonte: Diário Online

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