Ufa, consegui! Obrigada, 2018.

Quando chega o final do ano, o cansaço já está no nível máximo. Fisicamente, mentalmente, tudo. E, para muita gente, bate aquele sentimento de dever cumprido. Aquele alívio por ter chegado até aqui. É como se um peso saísse das nossas costas. Ufa, consegui!

Não falo isso no sentido de conquistar muitas coisas durante o ano. Mas, sim, conseguir passar por ele e ver quantos aprendizados surgiram. Às vezes a gente se cobra demais. Usa o outro como parâmetro e nunca consegue chegar naquele lugar, que na verdade é inatingível.

No jiu-jitsu, por exemplo, a gente precisa buscar em primeiro lugar a evolução pessoal. Você já se perguntou porque treina? É clichê, mas é verdade: campeonatos e graduação são consequência. Não é porque o outro graduou, que você tem que graduar também. Ou porque aquela pessoa ganhou uma medalha de ouro, que você é obrigado(a) a ter também. Claro que temos que ter metas e objetivos. Mas entenda o SEU limite e trace metas de acordo com a sua rotina, sua vida.

Entender a sua particularidade

Em 2018, eu, por exemplo, passei por um amadurecimento muito grande porque finalmente entendi que não posso me comparar com os outros. Quando isso acontece, você se cobra muito mais e atrapalha muito no seu desenvolvimento e nos resultados. Depois que a gente começa a olhar mais pra dentro, ficamos mais leves e as coisas fluem melhor.

Você não é igual a ninguém. Por mais que você queira acompanhar o ritmo de outra pessoa, é preciso primeiro entender o seu ritmo. De 2017 para 2018, fiquei 9 meses sem competir. Em 2018, quase 6 meses sem treinar.

Todo mundo dando aquele gás, treinando bem, lutando e eu lá, parada. Mas entendi que aquele momento era necessário. Dei meu máximo na recuperação da lesão e voltei. Sabia que aquele dia ia chegar, mais cedo ou mais tarde.

Agradecer e comemorar suas vitórias

Muitas vezes a gente não se valoriza o suficiente. Mas as pequenas conquistas são muito importantes. O que mudou na sua vida no jiu-jitsu em 2018? Conseguir manter uma frequência nos treinos. Fazer aquela posição que você sempre teve dificuldade. Lutar o primeiro campeonato. Ajudar alguém dentro do tatame. Se recuperar de uma lesão. Ganhar uma luta. Saber que alguém se inspira em você.

Olha quanta coisa a gente tem para agradecer durante o ano. Eu tive duas conquistas muito importantes agora em dezembro. E quando olho para trás, vejo uma pessoa em janeiro e outra totalmente diferente agora. Por isso que quando chega no final, vem aquele “UFA, consegui!”. Sim, você passou por tudo e está aqui, firme e forte esperando por 2019.

Que no próximo ano a gente continue se empenhando pra dar o nosso melhor. 2018, obrigada pelos aprendizados. 2019, pode vir!


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Pegando fôlego para 2019

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