Treino feminino sem bandeiras: O PODER DA MULHERADA!

No último sábado, dia 17 de fevereiro, ocorreu na cidade de Garanhuns/PE mais um treino feminino de jiu-jitsu sem bandeiras (o primeiro foi em agosto de 2017, em Jaboatão dos Guararapes/PE), sob o comando de Carla Karine Melo, faixa azul, campeã mundial CBJJE/2017, campeã categoria e absoluto internacional máster américa IBJJF e campeã brasileira CBJJ/2017, da equipe Andrade BJJ (@andradebrazilianjiujitsu).

O encontro ocorreu na Gladium, academia comandada pelo Professor Pedrão, da equipe Zenith (@gladiumbjj) e contou com a presença de meninas e mulheres de Garanhuns, Lagoa do Ouro, Recife, União dos Palmares e Maceió.

Estiveram presentes as faixas pretas Lívia Tenório, da equipe Zenith, União dos Palmares/AL; Lindacy Nacimento, da GFTeam, Recife/PE e Tamires Carla (Tami) da Nordeste Fight, Recife/PE. Mulheres inspiradas e inspiradoras! As duas últimas foram responsáveis pela condução do treino.

Antes da passagem das técnicas e dos rolas, houve uma pequena apresentação da pesquisa de Mestrado em Educação da guerreira Thaynah Leal, faixa branca, da Andrade BJJ. O estudo fala sobre as questões de gênero no esporte e nas artes marciais. Vale destacar que esse tema será objeto de um evento maior que ocorrerá no dia 24 de fevereiro, na Universidade Federal de Pernambuco – Mulheres no Esporte e nas Artes Marciais: História e Trajetórias.

O encontro foi mais que um treino feminino para unir praticantes e competidoras de vários lugares e bandeiras em prol da disseminação da arte suave. Um verdadeiro movimento de reafirmação da mulher no esporte, nas artes marciais e no jiu-jitsu.

Pode-se até, sem receio de parecer ambicioso, falar de uma mobilização politizada – no bom sentido da palavra, pois neste mesmo treino, além do jiu-jitsu é claro, conversou-se sobre a luta das mulheres ao longo dos anos, não só no âmbito esportivo, mas na própria família, na vida política e social. O “empoderamento” foi a palavra de ordem. Empoderar no sentido de não se calar diante das dificuldades; empoderar no sentido de se fazer ouvir concretamente; no sentido de ocupar cada vez mais os espaços, demonstrando o potencial feminino, que durante muito tempo foi suprimido por uma formação, em partes, culturalmente equivocada.

No jiu-jitsu, especificamente, o empoderamento se dá justamente com essa união, sem bandeiras e sem inimizades, afinal de contas, nos tatames, na hora da luta, existem adversárias e não inimigas. Além disso, o que se pretende é a eliminação de qualquer preconceito que ainda possa existir nos centros de treinamento e essa bandeira deve ser levantada por todas as mulheres, independentemente da equipe a qual pertençam. E como isso é possível? Treinando! Treinando bem, forte, com seriedade e com muito, muito respeito acima de tudo. Demonstrando que o motivo mais importante de estar inserida numa equipe é o desenvolvimento da arte suave, não só para as mulheres, mas para todos.

Por isso existe o encontro feminino sem bandeiras: para comemorar o que até agora foi alcançado, embora ainda longe do ideal, e para que juntas as mulheres se fortaleçam para os dias de vida, de luta e de treinamento, passo a passo em prol de uma igualdade eficaz. Nesse sentido, muitos outros treinos como esse acontecerão, preparem-se para o PODER FEMININO!

Com muito orgulho: OSS!

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