Mudar o roteiro da sua vida não tem preço

Hoje começarei com uma pergunta bem simples. O que é superação para você? De onde vem sua motivação?

Para mim significa romper barreiras, VENCER, vencer quando tudo conspira contra, e o principal, provar para si mesmo que você é capaz.

Nesses poucos, porém importantes 27 anos de existência eu aprendi várias coisas importantes, dentre elas, o poder da Ação. Todos nós queremos mudanças significativas em nossas vidas, resultados extraordinários, mas nem todos estão dispostos a pagar o preço para o sucesso. Nem todos estão preparados ou conscientes de que precisamos tomar algumas decisões. No decorrer dessa caminhada, em muitas tentativas e erros, descobri pessoas e processos que me ajudaram nesse fundamental capítulo da minha história, onde o principal objetivo era uma mudança brusca de vida, e a partir daí muita coisa começou a mudar, pois veio de dentro para fora, o DESEJO DE MUDANÇA.

Desejo esse que impactou muitas coisas em minha vida, e uma delas foi integrar o Jiu-Jítsu na minha rotina. Há pouco mais de dois anos atrás fui diagnosticado com Fibromialgia, uma síndrome que acarreta em dores por todo o corpo durante longos períodos, tendo sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos do corpo, além de estar ligada também à fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade.

De início foi um impacto para mim, eu como empresário sempre com uma vida agitada, tive que aprender a como me adaptar e a recorrer à alternativas em que eu obtivesse uma mudança imediata que me ajudasse a virar esse jogo. O foco foi evitar a incapacidade física para minimizar os sintomas e melhorar minha saúde de modo geral. Dentre as alternativas de tratamentos que me foram recomendadas pelo médico especialista, estava a prática do esporte. Confesso que num primeiro momento o desejo foi de me entregar ao cansaço, inventando para mim mesmo desculpas de que não teria tempo e capacidade para prosseguir com aquilo, ou seja, “criando dificuldade para vender facilidade”. Mas a realidade foi mais forte e segundo o médico, se eu não tomasse uma atitude, eu não conseguiria chegar aos 30 anos. Tempo esse muito curto, e o peso de deixar três filhos amados na qual dou minha vida diariamente, me fez “cair na real” e ter a força necessária para lutar e vencer essa batalha. Foi aí que o Jiu-Jitsu passou a quebrar paradigmas em minha vida.

A escolha da prática da arte suave surgiu por influência de um grande amigo/irmão, que insistia muito para que eu conhecesse a academia de Jiu-Jítsu que frequentava e fizesse uma aula experimental. Surge então uma nova paixão. Paixão por um esporte que até então não passava de desculpas ao desconhecido. Resolvi treinar duro para me ocupar, fortalecer meu corpo e minha mente, pois sentia que além de ter o recurso que buscava eu poderia ter o prazer em uma atividade esportiva, sempre com a motivação do desafio pessoal e da superação de limites.

Comecei a desenvolver o Jiu-Jitsu quando comecei a respeitar minhas limitações, mas foi aí que entendi que não havia limitações, era tudo questão de adaptação. Encarando os dias de guerra com coragem e determinação comecei a ver os dias de glória com humildade e gratidão. Gratidão a uma outra pessoa em que foi essencial nessa minha jornada, meu grande mestre e professor da arte suave, uma das pessoas que mais acreditou em mim, dizendo que eu tinha talento e me motivando a cada grito e orientação quando entrava no tatame… “Aê!, aê!, aê!, vai pegar! Isso… vamos se ajeitar, vai pegar! ” Isso me transforma! Me dá coragem, determinação e força para vencer cada rola, cada batalha, cada dificuldade inesperada em que somos colocados à frente. Cada treino que realizava me proporcionava melhorias em minha qualidade de vida, saúde, autoestima e autocontrole.

Porém, como se não bastasse, as dificuldades não deixaram de existir. Nesse período nem tudo foram flores, errei muito, mas acertei muito também. Entre vitórias e derrotas, um fato me deixou bastante frustrado e tomei minha segunda decisão da mudança de roteiro, e essa foi muito dura. Perdi minha empresa, uma empresa que admirava, que tinha o meu sangue correndo em suas veias. Deixar para trás o sonho de ser um grande executivo/empreendedor e começar algo do zero, deixando totalmente de lado qualquer vaidade, rancor e trauma, acreditando mais em mim, me preparando mais, pois além do abalo psicológico veio junto a dificuldade financeira, mas isso nunca foi empecilho para meu mestre e também proprietário da academia aonde treino, que queria me ver treinando e consequentemente, vencer essa batalha.

Sou muito observador, e em uma dessas, pude observar que nossa vida é muito parecida com uma viagem. Às vezes, fazemos o caminho mais curto e perdemos paisagens maravilhosas. Outras, erramos o caminho, mas aprendemos que existem outros. E tantas outras vezes, precisamos mudar o caminho, pois não encontramos uma saída.

Além de superar diariamente os obstáculos, tive que lutar contra aqueles que não acreditavam no meu potencial, que tentavam me convencer a desistir e que não botavam fé que eu poderia vencer através do Jiu-Jítsu. Mas isso só serviu para uma coisa, me dar garra! Aumentar minha força de vontade e a ser persistente na mudança em que eu queria para minha vida. A adversidade me levou ao Jiu Jitsu, mas o amor por ele me fez ficar!

Com a confiança que adquiri com o a arte suave, além de me proporcionar uma melhor qualidade de vida, sou capaz de vencer batalhas sem mover um dedo, vencer guerras sem derramar uma gota de suor e o mais importante de tudo, solucionar os problemas pessoais antes mesmo que eles pensem em surgir.

Daí lhe pergunto mais uma vez. Levando em consideração que cada um tem a vida que merece e que somos nós os responsáveis pela vida que levamos, qual será o roteiro que você está seguindo? Até quando vai seguir o roteiro escrito por outra pessoa que não seja você?

No meu dia a dia eu me deparo com muitas pessoas desmotivadas, principalmente nas empresas, mesmo com bons salários e excelentes cargos, e quando descobrem um pouquinho da minha história (pessoal e profissional) sem acreditar que minha especialidade é empreendedorismo e tomada de decisões, ficam me perguntando qual é o segredo. Uma coisa eu posso garantir a vocês, não se trata de mágica e muito menos de uma receitinha de bolo, mas sim, do quanto você quer e precisa dessa mudança, e principalmente se está disposto a pagar o preço do sucesso.

Uma história que começa todos os dias com personagens diferentes, enredos diversos e finais… que nunca poderei prever, mas que me faz uma pessoa realizada com as escolhas conscientes que fiz e isso, não tem preço!

Quer transformar a Tomada de Decisões em um hábito com prazer e resultados? Não tenha medo! Não precisa ser o melhor, mas dê o seu melhor “sempre” e em tudo que se comprometer a fazer, e certamente você será melhor que 80% das outras pessoas.

Não tenha medo da MUDANÇA. Se você mudar, tudo ao seu redor mudará junto e não deixe que ninguém escreva o roteiro da “sua” vida! E o mais importante, o agora é sempre a hora certa, então não existe na nossa vida um momento mais importante que o agora, é preciso manter a nossa motivação à medida que caminhamos na direção dos nossos sonhos. Nem sempre é fácil, especialmente quando surgem dificuldades e obstáculos que mudam os nossos planos.

O verdadeiro buscador cresce e aprende, e percebe que ele é sempre o principal responsável por tudo que lhe acontece. Esse é meu caso de superação… quando todos não acreditavam, mesmo sofrendo com as dores, recebendo críticas diárias eu fui lá, dei o meu melhor e consegui! A superação tem que ser para nós mesmos, tem que ser algo meio egoísta. E afirmo, o Jiu-Jítsu pode te ajudar muito, como vem me ajudando a vencer!

Fica a mensagem para você refletir sobre as ações e mudanças que você fez em 2017 e tomar as melhores decisões para o próximo ano. Feliz ano novo a todos. Oss!

Posts relacionados

competidora-de-jiu-jitsu (1)

A solidão da competidora de jiu-jitsu

O número de atletas mulheres em competições de jiu-jitsu mundo afora tem crescido consideravelmente. Porém, a verdade é que a grande maioria dessas atletas não