Entrevista Exclusiva: Michele Oliveira revela transição para o MMA

Hoje temos uma entrevista com a Michele Oliveira, que recentemente publicou em suas redes a saída da equipe Cícero Costha. Em meio a muitas perguntas à atleta sobre para onde ela iria e o que iria fazer, resolvemos postar uma entrevista com ela, esclarecendo algumas dúvidas. Confira:

Por que você decidiu treinar MMA?
Pra começar, ganhar dinheiro no jiu-jitsu é muito difícil, porque é difícil ter reconhecimento. As pessoas valorizam mais o MMA, e eu sempre quis sair na porrada. Acho que seria um emoção completamente diferente do que já vivi, sinto vontade de me testar, saber como eu iria me sair ao lutar.

Como surgiu essa oportunidade?
Eu falei com uma amiga que sempre me acompanhou em tudo desde o início e ela sempre me orientou do que eu poderia fazer. E em seguida ela começou a treinar na Equipe Nova União, no RJ, teve relacionamento com algumas pessoas e viu que poderia surgir a oportunidade que eu buscava. Ela disponibilizou a casa dela para eu morar caso eu aceitasse me mudar de cidade e treinar, e fomos buscando meios para conseguir a bolsa na academia.

E eu vi que seria melhor pra mim em vários aspectos. Eu não ia mais ficar sozinha como era em São Paulo. No jiu-jitsu, a gente treina, mas dificilmente sabemos se teremos a oportunidade de lutar absoluto, se vai ter direito a grana, mas no MMA é diferente. As chances são maiores inclusive para ter reconhecimento. No jiu-jitsu, além de tudo, nós precisamos pagar pelos campeonatos e muitas vezes não ganhamos nada além de uma medalha. É um investimento que demora a ter retorno e visibilidade.

Como está sendo essa mudança?
Estou gostando, é completamente diferente. No treino de Wrestling, como tenho a base no jiu-jitsu, existem coisas que não posso fazer, precisa ter malandragem. É complicado, pois tomar porrada não é fácil, ter que se acostumar com a forma de treinar que é diferente. Mas tem sido algo maravilhoso, eu sempre sonhei com isso. Mas ao mesmo tempo difícil, agora moro mais distante da academia, aqui o custo de vida é mais alto. Mas como tudo na vida, tem seu lado positivo e negativo.  Estou com muita vontade e sei que daqui a um tempo, quando eu começar a ficar boa, acredito que vou conseguir me manter e não passar tanta dificuldade como eu passava no jiu-jitsu.

E essa mudança está influenciando também a alimentação e ou outras coisas na sua rotina?
Sim, na alimentação, não posso comer muito, pois o treino é diferente e tem muita movimentação. Agora preciso acordar mais cedo e fico muito mais tempo fora de casa. É um cansaço diferente.

Como está sendo treinar ao lado de pessoas tão experientes como José Aldo, Leo Santos, entre outros atletas da Nova União?
A verdade é que fico perdida ainda, são pessoas com muito talento, mas eu me sinto confortável, pois são humildes e estão ali sempre dispostas a ajudar. Eles se tornam uma verdadeira inspiração.

Você não tem medo de se machucar? E os hematomas?
Não tenho medo de me machucar. Eu penso que se eu levar uma porrada, eu também irei bater e farei a adversária sentir a mesma dor que eu posso sentir. Já estou acostumada, pois no jiu-jitsu sempre acontecia.

Como foi a sua saída da Cícero Costha?
Conversei com o mestre Cícero, explique a situação, falei que era uma oportunidade muito importante pra mim e ele falou que se fosse o melhor para mim, que eu seguisse em busca dos meus sonhos. Ele nunca me privou de nada, nem eu e nem nenhum aluno. E eu admiro isso nele, não tem pressão e deixa a pessoa à vontade para tomar suas próprias decisões. Tenho admiração por ele e isso nunca vai mudar.

Ainda pretende lutar jiu-jitsu de kimono?
Sim, porém sei que vou estar bem mais preparada e pretendo lutar só os campeonatos mais importantes. Em breve.

A equipe Bjj Girls Mag deseja à Michele muito sucesso e em sua nova jornada. Força, fé e humildade que ela já tem. Agora é seguir forte rumo aos seus objetivos e os resultados virão ;).

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