Atleta da Semana – Entrevista Exclusiva com Michele Oliveira

A história de Michele dos Santos Oliveira, de 20 anos, faixa roxa pela equipe Cícero Costha, mostra que nem sempre acontece o “amor à primeira vista” pelo jiu-jitsu. Michele treina há apenas três anos e conta que nos primeiros dias não ficou muito entusiasmada com a arte suave.

“Descobri o jiu-jitsu através de um amigo que praticava o esporte. Nos primeiros dias eu achei um pouco nojento, o suor, um monte de gente fedorenta saindo na porrada”, diverte-se. Mas bastaram alguns treinos para ela se empolgar. “Logo eu comecei a treinar três vezes por semana e com um mês eu já fazia dois treinos por dia”, relembra.

Michele Oliveira nasceu numa cidade chamada Conceição do Coité, no Estado da Bahia, mas mudou-se para São Paulo para se dedicar totalmente ao jiu-jitsu. A rotina de treinos é puxada: “Eu treino três vezes por dia. Pela manhã treino jiu-jitsu das 9h até às 13h, depois faço preparação física”, conta.

Tanta dedicação tem um objetivo muito bem definido. Michele busca estar entre os melhores do mundo no esporte, dar aulas, seminários e conseguir se manter apenas com o jiu-jitsu.

A atleta precisou abrir mão de muitas coisas para se dedicar à arte suave. “Logo quando resolvi me dedicar ao esporte, tive que sair da minha zona de conforto, minha casa, e vim embora pra São Paulo, sozinha. Foi muito difícil no começo, a saudade de casa, as dificuldades de me manter e para tudo eram muito grandes”, relata.

Foi a primeira vez que Michelle se afastou da família, mas ela conseguiu superar a saudade e agora já está acostumada com a rotina de treinos. Hoje Michelle considera o jiu-jitsu como sua profissão.

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2015 foi um ano importantíssimo para a atleta, pois foi quando ela competiu pela primeira vez em grandes federações. “O Rio Fall foi minha primeira competição da CBJJ e fiquei em segundo lugar.

A segunda competição foi o Brasileiro, também da CBJJ, que pra mim foi o mais importante. Fiz cinco lutas e consegui ser campeã. O BJJ PRO também foi um campeonato muito importante, pois eu estava me sentindo muito bem”, conta.

E a coleção de medalhas, que já soma 32, só aumenta. “Sempre fui competitiva, mas depois desses campeonatos eu comecei a competir em todos que dava para ir e assim consegui mais alguns títulos importantes. No final de 2015 o Cícero Costha me graduou à faixa roxa”, comemora. E 2016 promete! “Já estou treinando muito para o Brasileiro. Quero ser campeã brasileira e lutar o mundial na Califórnia”, enumera.

Michelle acredita que, ao longo dos últimos anos, a população em geral vem se preocupando mais em ter cuidado com a saúde, corpo e mente. E como as mulheres passaram a ter uma liberdade maior diante da sociedade, elas se sentem livres e mais à vontade para praticar artes marciais.

“É desta forma que visualizo o crescimento do jiu-jitsu feminino. Acredito que a tendência é só melhorar e que se elas amam esse esporte, além de ser positivo para o corpo e para mente, isso fortalece o crescimento da arte marcial”, aponta.

E para as meninas que querem se tornar competidoras como ela, Michelle deixa uma mensagem: “Se dediquem, treinem bastante. Foquem nas melhores e principais competições e acreditem que podem sempre dar o melhor de vocês para se tornarem campeãs. Acreditem nos seus sonhos!”. Vale lembrar que Michele treina com a Thamara, também faixa roxa da Cícero Costha, que também já deu seu ar da graça por aqui.

Michelle tem apenas 20 anos e abriu mão da sua cidade, família, amigos, tudo para viver em busca de seus sonhos. E você, o que faria para ir em busca dos seus?

Até a próxima! Oss

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